O mercado internacional foi impactado nesta segunda-feira (4) por uma série de dados sobre produção e exportações de commodities agrícolas e energéticas. O milho dos Estados Unidos registrou queda, reflexo de uma produção considerada recorde, com estimativas entre 389 milhões e 419 milhões de toneladas.
A análise é de Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, que destacou ainda que boatos sobre redução de exportações americanas não se confirmam. Segundo ele, os dados semanais mostram embarques regulares, acima de 1 milhão de toneladas.
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Confira a análise na íntegra:
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Soja tem leve recuperação técnica
A soja, que vinha em queda, teve uma leve alta nesta segunda, impulsionada por uma “recuperação técnica” — movimento de alta após quedas acentuadas, quando o mercado entende que os preços ficaram abaixo do esperado.
O farelo de soja, subproduto usado na alimentação animal, teve alta de 2,33%, encerrando o dia a US$ 277,20 por tonelada. O contrato de dezembro subiu 1,64%, a US$ 285.
Já o óleo de soja avançou 0,22%, cotado a 54,02 centavos de dólar por libra-peso no contrato mais líquido.
Café oscila e fecha com leve alta
Em Nova York, o café tipo arábica chegou a reverter a queda da última sexta-feira, mas perdeu força no fim do pregão. Mesmo assim, fechou com leve valorização. O robusta também avançou, acompanhando uma tendência lateral no gráfico, sem rompimentos significativos de preços.
No mercado interno, o café apresentou volatilidade ao longo do dia, com movimentos rápidos de alta e posterior realização de lucros, segundo Gioielli.
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Milho realiza lucro no pregão
No Brasil, o milho também passou por ajustes. Apesar de um início de alta, o mercado local teve realização de lucros. Gioielli explica que os produtores seguram a venda do milho, por considerarem os preços atuais baixos.
O milho verão tem produção prevista de apenas 25 milhões de toneladas em 2025, sendo considerado um ciclo de transição até a safrinha — principal janela de produção.
Segundo a consultoria StoneX, a produção total de milho para o ciclo 2024/25 deve atingir 189 milhões de toneladas, com destaque para a segunda safra (safrinha), que deve alcançar 111,7 milhões de toneladas.