A recente sanção da Lei 16.311, publicada no Diário Oficial do Estado em 11 de junho de 2025, marcou uma importante atualização para o piso regional. Promovido pelo governador Eduardo Leite, o aumento de 8% superou tanto o reajuste do salário mínimo nacional, de 7,5%, quanto a inflação registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2024, que foi de 4,77%. A proposta, enviada em regime de urgência no final de maio, foi aprovada pelo parlamento com expressiva maioria, destacando a relevância da medida.
O objetivo central do reajuste é valorizar a mão de obra regional, promovendo o equilíbrio econômico e incentivando a recuperação do emprego formal. Reconhecendo a importância das diversas categorias de trabalhadores, a administração estadual busca garantir maior poder de compra e estabilidade econômica para aqueles que não possuem acordos coletivos ou que operam de forma informal.
Quais categorias de trabalhadores são beneficiadas?

O piso regional é dividido em cinco faixas salariais, cada uma abrangendo diferentes setores de atividade. A primeira faixa, por exemplo, estipula o valor de R$ 1.789,04 e inclui trabalhadores na agricultura e pecuária, indústrias extrativas, empregados domésticos, entre outros. Esta diversificação proporciona um tratamento justo e equilibrado para distintos segmentos de trabalhadores, reconhecendo suas especificidades e necessidades.
A segunda faixa, fixada em R$ 1.830,23, abrange as indústrias do vestuário, calçados, saúde e telecomunicações. Já a terceira faixa, com um piso de R$ 1.871,75, contempla os trabalhadores do setor de mobiliário, farmacêutico, e do comércio em geral. As faixas seguintes, a quarta e a quinta, incluem setores como metalurgia, seguros e técnicos de nível médio, respectivamente, mostrando como o reajuste abarca uma ampla gama do mercado de trabalho regional.
Impacto e perspectivas econômicas do reajuste
O reajuste do piso regional não apenas busca aliviar as pressões econômicas sobre os trabalhadores, mas também visa fomentar a economia local. Com maiores rendimentos, os trabalhadores tendem a consumir mais, impulsionando o comércio e os serviços locais. Esta injeção de recursos pode contribuir para o aumento do dinamismo econômico e a criação de novos empregos, especialmente em setores que dependem diretamente do consumo interno.
Além disso, o reajuste acima da inflação e do salário mínimo nacional demonstra um compromisso do governo estadual com a melhora das condições de vida dos trabalhadores, promovendo justiça social e dignidade. Economistas apontam que, se bem administrado, o aumento do piso pode resultar em um círculo virtuoso, favorecendo não só o trabalhador, mas também a sustentabilidade do setor produtivo local.
Como as empresas devem se preparar?
As empresas precisam ajustar seus orçamentos para acomodar o novo piso salarial, garantindo a conformidade com a lei. Esta adaptação pode exigir revisões nos planos de negócios e estratégias operacionais, buscando eficiência e produtividade para suportar os novos encargos salariais sem comprometer a viabilidade econômica.
Além disso, empresas devem considerar o impacto positivo de um quadro de funcionários mais bem remunerado, como a redução do turnover e o aumento da satisfação e motivação no ambiente de trabalho. Essas mudanças podem resultar em melhorias na qualidade dos produtos e serviços fornecidos, além de fortalecer a imagem da empresa perante o mercado e os próprios colaboradores.
Reajuste e sua relação com políticas públicas e setor social
O reajuste do piso regional está integrado a uma série de políticas públicas implementadas pelo governo estadual, que visam a proteção social e a inclusão produtiva. Programas de qualificação profissional e incentivo à formalização acompanham as medidas salariais, ampliando seus efeitos positivos no médio e longo prazo.
A parceria com sindicatos e organizações civis garante um processo mais democrático e transparente na definição dos pisos, fortalecendo o diálogo social. O envolvimento dessas entidades contribui para a construção de um ambiente de trabalho mais equilibrado, onde direitos e deveres são alinhados às necessidades do contexto regional.
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Mais sobre o piso regional
Em síntese, o reajuste do piso regional em 2025 representa um passo significativo em direção à valorização do trabalho e ao fortalecimento da economia local. Ao equilibrar o reajuste salarial com as necessidades dos trabalhadores e das empresas, a medida busca oferecer um ambiente mais justo e promissor para todos os envolvidos. Este novo cenário salarial espera contribuir para a construção de um estado mais próspero e equitativo, beneficiando diversos setores econômicos e trabalhadores.
Com a expectativa de continuidade das políticas de valorização e monitoramento dos impactos do piso regional, o diálogo entre governo, trabalhadores e empregadores tende a se fortalecer ainda mais. Dessa forma, o avanço do piso regional não só melhora a remuneração, mas contribui para o desenvolvimento social, econômico e produtivo de toda a região.