A Engie Brasil (EGIE3) registrou lucro líquido de R$ 567 milhões no segundo trimestre de 2025, uma queda de 35% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o lucro foi de R$ 871 milhões.
O lucro líquido ajustado, que desconsidera efeitos pontuais, totalizou R$ 564 milhões, recuo de 34% na base anual. Os resultados financeiros foram divulgados na noite desta quinta-feira (7).
Segundo a companhia, o resultado foi afetado por uma base de comparação elevada no segundo trimestre de 2024, quando a empresa recebeu uma indenização de R$ 262 milhões pelo atraso nas obras do Conjunto Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte.
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O Ebitda — lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — foi de R$ 1,87 bilhão, queda de 4,6% em relação aos R$ 1,96 bilhão reportado no segundo trimestre de 2024.
Apesar da queda no Ebitda, a receita operacional líquida da Engie cresceu 10,1%, somando R$ 3,1 bilhões. A empresa atribui o aumento à maior receita com ativos de transmissão, à entrada em operação de novos projetos renováveis — como o Conjunto Eólico Serra do Assuruá — e ao crescimento nas vendas de energia no mercado livre.
A dívida líquida da companhia subiu 24,3% em comparação ao segundo trimestre de 2024, totalizando R$ 21,56 bilhões. O indicador é monitorado por investidores por mostrar o nível de alavancagem da empresa — ou seja, quanto ela depende de financiamento para operar e expandir.
Crescimento no mercado livre
A Engie vendeu, no segundo trimestre de 2025, 4.254 megawatts médios (MWm), volume 4,8% superior ao registrado em igual etapa de 2024. O número reflete a ampliação da base de clientes no mercado livre, que avançou 21,7% no período.
A quantidade de unidades consumidoras também cresceu, com alta de 15,0% na comparação anual.
Produção e preços
Apesar da alta nas vendas, a produção bruta de energia recuou 30,1%, chegando a 4.088 MWm. Já o preço líquido médio de venda foi de R$ 217,01 por megawatt-hora (MWh), 1,6% abaixo do registrado um ano antes.
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Distribuição de dividendos da Engie
O conselho de administração da Engie aprovou a distribuição de dividendos intercalares no valor de R$ 719,18 milhões. O montante equivale a R$ 0,8814 por ação.
As ações passam a ser negociadas “ex-dividendos” a partir de 22 de agosto, ou seja, quem comprar os papéis a partir dessa data não terá direito ao recebimento dos proventos. A data do pagamento será definida posteriormente pela diretoria.
Os dividendos representam 55% do lucro líquido distribuível do primeiro semestre de 2025.