Nesta terça-feira (10), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu para que a China repense sua estratégia de zero Covid.
Para ele a medida não impede a dispersão da variante ômicron enquanto prejudica a economia do país. “Não achamos que seja sustentável, considerando o comportamento do vírus agora e o que prevemos no futuro”, disse em um briefing registrado pela Bloomberg.
Entretanto, segundo o jornal Financial Times, se abandonar a política de covid zero, o país pode ter uma disseminação não controlada da variante ômicron e amargar 112 milhões de casos sintomáticos da doença além de 2,7 milhões de pessoas internadas em UTIs – sobrecarregando o sistema de saúde chinês.
O estudo é da Universidade de Fudan, em Xangai, e aponta que cerca de 1,6 milhão de chineses poderiam morrer pela doença. Dois motivos que pioram a questão da Covid na China é abaixa vacinação entre idosos (61,5% das pessoas com mais de 60 anos no país receberam a 3ª dose) e a restrição do país usar apenas vacinas desenvolvidas por empresas locais, como a Sinovac.
Os comentários de Tedros chama atenção porque é raro que o chefe da OMS desafie as políticas domésticas de Covid de um Estado-membro da ONU.
Imagem: ONU/Evan Schneider









