A divulgação de novos planos de recompra de ações — quando a companhia compra seus próprios papéis para reduzir a quantidade no mercado — caiu 43% no primeiro semestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento da MZ Group.
No total, 34 empresas brasileiras de 13 setores diferentes anunciaram recompra de ações. O varejo lidou as participações, respondendo por praticamente um terço (32%) dos documentos protocolados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Apesar da metade dos comunicados serem sobre novos programas, os encerramentos surpreenderam, chegando a 32,4% após um aumento de 14,3 ponto percentual (p.p.) em relação a 2024.
- 📩 Os bastidores do mercado direto no seu e-mail! Assine grátis e receba análises que fazem a diferença no seu bolso.
O estudo também mostrou que, ao todo, foram publicados 42 documentos vinculados ao assunto, 36% a menos que em 2024 — 73,8% foram Fatos Relevantes e 26,2% Comunicados ao Mercado. Maio concentrou a maior quantidade de arquivamentos, com 15 registros.
Tamanho e duração das recompras de ações
A quantidade média pretendida de ações ordinárias foi de 38,3 milhões, 74% acima da média registrada no primeiro semestre de 2024. Já para ações preferenciais, a média foi de 64,9 milhões, quase cinco vezes maior.
A maioria dos programas (48,6%) prevê a recompra de 1% a 5% do total de ações emitidas pela empresa. Quanto ao prazo, 61,1% dos planos têm duração de 18 meses — um aumento de 15,6 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Perfil das empresas
As empresas que anunciaram programas de recompra somavam valor de mercado de R$ 1,3 trilhão no fim de junho, sendo que mais da metade (51,5%) está avaliada entre R$ 1 bilhão e R$ 10 bilhões. A maioria (82,4%) integra o segmento de governança corporativa Novo Mercado da B3.
Cerca de 85% delas movimentaram ações em tesouraria no semestre, com destaque para janeiro e fevereiro, meses em que 69% delas realizaram operações.
- ⚡ A informação que os grandes investidores usam – no seu WhatsApp! Entre agora e receba análises, notícias e recomendações.
Desempenho das participantes
O desempenho médio destas empresas foi de 41,1% em suas ações no semestre, superando o Ibovespa (+15,4%) e outros índices da B3. O setor de Educação liderou a alta, com valorização média de 132,7%.