O volume de aplicações feitas por investidores brasileiros (apenas pessoas físicas) chegou a R$ 7,9 trilhões no fim de junho, alta de 6,8% em relação a dezembro de 2024, segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais).
Para Carlos Bedicks, head de renda variável da Wiser | BTG Pactual, os juros elevados continuam segurando o apetite por risco e mantendo a renda fixa no centro das decisões. Ele destaca o peso dos ativos isentos de Imposto de Renda nesse movimento, além do avanço consistente de alguns produtos de maior retorno.
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Avanço dos segmentos e perfil dos investidores brasileiros
O varejo alta renda registrou crescimento de 10,7% no semestre entre os brasileiros, para R$ 2,86 trilhões, equivalente a 36% do total. O varejo tradicional subiu 4,1%, para R$ 2,66 trilhões, enquanto o private terminou junho com R$ 2,42 trilhões (+5,4%), respondendo por 30,5% das aplicações.
Segundo Bedicks, a expressiva alta nos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e o crescimento da renda variável indicam que, mesmo em um cenário conservador, há espaço para estratégias mais diversificadas.
Renda fixa lidera com Selic em 15%
A renda fixa manteve a preferência, concentrando 58,9% do total investido. O segmento cresceu 8,2% no semestre, para R$ 4,68 trilhões.
Os produtos isentos de IR — como CRAs, CRIs, debêntures incentivadas, LCAs, LCIs e LIGs — somaram R$ 1,39 trilhão (+12,2%). Os CDBs avançaram 9,9%, para R$ 1,15 trilhão. As debêntures tradicionais cresceram 12,7%, para R$ 93,4 bilhões, e os títulos públicos aumentaram 17,4%, para R$ 215,8 bilhões.
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Fundos, previdência e poupança
Os fundos de investimento cresceram 5,2%, para R$ 1,83 trilhão, com destaque para os de renda fixa (+8,2%, R$ 855,7 bilhões) e para os FIDCs (+51%, R$ 35,2 bilhões).
A previdência privada avançou 6,8%, para R$ 1,45 trilhão, enquanto a poupança recuou 1,5%, para R$ 956,9 bilhões.
Brasileiros também procuram renda variável
A renda variável somou R$ 1,04 trilhão (+4,6%), com R$ 767,3 bilhões em ações (+4,2%), R$ 235,9 bilhões em fundos de ações (+4,4%) e R$ 39,5 bilhões em FIPs (+9,7%).
Nos produtos híbridos, o total foi de R$ 758,5 bilhões (+1,6%). Os FIIs cresceram 9,7% (R$ 112,1 bilhões), enquanto os multimercados caíram 2,5%, para R$ 532,8 bilhões.
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Destaque regional
O Sudeste concentrou 66,5% dos investimentos, com alta de 7,5% no semestre (R$ 5,28 trilhões). O Sul chegou a R$ 1,36 trilhão (+3,5%), o Nordeste a R$ 737,8 bilhões (+7,9%), o Centro-Oeste a R$ 420,3 bilhões (+6%) e o Norte a R$ 142,5 bilhões (+8,5%).
“O avanço nas regiões Norte e Nordeste, sinaliza a ampliação da base de investidores e novas oportunidades no mercado”, completa o executivo.