A BRF (BRFS3) registrou lucro líquido de R$ 735 milhões no segundo trimestre de 2025, queda de 32,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (14).
A receita líquida somou R$ 15,365 bilhões, avanço de 2,9% na base anual. O Ebitda ajustado — indicador que mede o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — foi de R$ 2,502 bilhões, retração de 4,5%. A margem Ebitda ficou em 16,3%, queda de 1,6 ponto percentual.
A alavancagem financeira da companhia — relação entre dívida líquida e Ebitda — caiu para 0,43 vez, o menor nível já registrado pela BRF. Há um ano, era de 1,14 vez. Já a dívida líquida recuou 47% em 12 meses, atingindo R$ 4,735 bilhões. O fluxo de caixa livre ficou em R$ 842 milhões.
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Segundo o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da BRF, Fábio Mariano, a redução do endividamento e a geração de caixa sustentam os planos de expansão global.
O mercado se empolgou com os resultados, uma vez que as ações BRFS3 sobem mais de 4% no pregão desta sexta-feira (15).
Desempenho no Brasil e no exterior
No Brasil, a margem Ebitda foi de 16,4%, com crescimento de volume de 6%, impulsionado pelo segmento de processados. A receita operacional líquida no país subiu 17,6%, para R$ 8,080 bilhões, enquanto o preço médio por quilo avançou 11,1%, para R$ 13,11.
No mercado internacional, a margem Ebitda foi de 17,3%, com Ebitda ajustado de R$ 1,168 bilhão. A receita líquida caiu 4,7%, para R$ 6,741 bilhões, mas o preço médio subiu 6,3%, para R$ 13,51.
Exportações e produção
A BRF obteve 11 novas habilitações para exportação no trimestre, com destaque para Argentina e Canadá. Desde 2022, são 198 autorizações. O volume total vendido foi de 1,228 milhão de toneladas, queda de 1,3% na comparação anual.
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Programa de eficiência da BRF
O BRF+, programa de eficiência operacional da companhia, contribuiu para otimizar processos e reduzir custos, gerando economia de R$ 208 milhões no trimestre.