A inadimplência financeira se tornou uma preocupação crescente no Brasil, refletindo um cenário econômico desafiador para muitos brasileiros. Em julho de 2025, observou-se um aumento significativo no número de inadimplentes no estado do Amazonas, alcançando a marca de 1.659.682 pessoas, segundo dados da Serasa. Isso representa um crescimento de 0,88% em relação ao mês anterior. Essa elevação não se limita apenas ao estado mencionado, mas é uma tendência que pode ser observada em diversas partes do país.
O perfil dos inadimplentes tem se diversificado, com a geração Z emergindo como um grupo significativo dentro desta realidade. De acordo com estatísticas, essa faixa etária, que compreende jovens de 18 a 25 anos, mostrou-se a mais ativa na negociação de dívidas. No Amazonas, a participação desses jovens nas negociações representou 54% no início do ano. O ticket médio de dívidas por pessoa no estado é de R$ 5.361,85, com bancos e cartões de crédito liderando nas causas de endividamento.
No cenário nacional, bancos e cartões de crédito continuam sendo os principais vilões, porém outros fatores como desemprego e custos elevados de vida acentuam a inadimplência. Famílias têm apostado em estratégias de renegociação para tentar recuperar o fôlego financeiro e evitar restrições prolongadas. O contexto brasileiro aponta para uma tendência de endividamento recorrente, exigindo cada vez mais planejamento e disciplina financeira.
Por que a geração Z está mais propensa a negociar suas dívidas?

A geração Z vem demonstrando maior habilidade na negociação de dívidas principalmente por sua familiaridade com tecnologia e acesso facilitado a plataformas digitais como a Serasa Limpa Nome. Jovens entre 18 e 25 anos estão mais atentos às consequências do endividamento, motivados pelo desejo de manter o nome limpo e preservar oportunidades profissionais. O uso recorrente de aplicativos de finanças torna o processo mais dinâmico e transparente para este público.
Além disso, esse grupo costuma valorizar informações rápidas e objetivas, o que favorece decisões assertivas sobre dívidas pendentes. A busca por autonomia financeira incentiva a geração Z a adotar práticas de negociação desde cedo. A tendência é que jovens priorizem o consumo consciente e a reeducação financeira, alinhando seus hábitos às demandas do mercado de trabalho atual.
Entre os fatores que justificam a propensão à negociação estão: acesso facilitado a dados financeiros, pressão social por estabilidade econômica e o crescimento de iniciativas de educação financeira direcionadas ao público jovem em todo o país.
- Acesso a plataformas digitais de negociação
- Preocupação com reputação financeira
- Informação rápida sobre oportunidades e riscos
Qual é o papel da educação financeira na vida dos jovens?
A educação financeira tem ganhado destaque entre os jovens brasileiros, especialmente diante da volatilidade econômica e do alto custo de vida. Escolas e plataformas digitais vêm implementando conteúdos que abordam temas como orçamento, controle de gastos e planejamento financeiro, ajudando os jovens a lidar com desafios desde cedo. Este conhecimento proporciona maior autoconfiança para tomar decisões sobre consumo e investimentos.
Dados da Serasa mostram que mais da metade dos jovens entrevistados disseram assumir responsabilidades financeiras em casa, como pagar contas ou contribuir com despesas domésticas. Esse cenário reforça a importância da educação financeira como ferramenta para o desenvolvimento da autonomia e para evitar o endividamento crônico.
Estudos apontam que jovens educados financeiramente tendem a:
- Controlar melhor seus gastos mensais
- Evitar dívidas de longo prazo
- Buscar oportunidades de investimento
Como o cenário dos inadimplentes evoluiu no Brasil?
Em 2025, o Brasil atingiu um recorde de 78,16 milhões de cidadãos inadimplentes, somando um total de 307 milhões de dívidas. O crescimento desse índice é resultado de fatores como inflação, desemprego e redução da renda real, atingindo todas as faixas etárias. O valor médio das dívidas, R$ 1.570,17, demonstra um padrão de endividamento persistente e de difícil reversão sem políticas de apoio efetivas.
Bancos e cartões de crédito continuam responsáveis pela maior parte do endividamento, mas contas de serviços essenciais também têm grande peso nos registros de inadimplência. As consequências incluem restrições ao crédito e dificuldades para obtenção de financiamentos, impactando o consumo e o planejamento familiar.
No Amazonas, a subida repentina de inadimplentes reflete o cenário nacional, com os jovens figurando como grupo mais ativo na tentativa de regularizar dívidas, impulsionando o movimento de renegociação em todo o Brasil.
- Aumento do desemprego e informalidade
- Endividamento em diferentes faixas etárias
- Desafios na renegociação e quitação de dívidas
Quais são as principais causas do endividamento?
O endividamento surge, em grande parte, do uso excessivo de crédito fácil, ofertas de cartões e descontrole orçamentário. Muitas famílias utilizam o crédito para emergências ou compromissos cotidianos, sem planejamento, provocando acúmulo de dívidas difíceis de renegociar. O desemprego também oferece grande contribuição para a inadimplência, uma vez que limita a capacidade de honrar pagamentos pendentes.
A falta de educação financeira potencializa esses problemas, tornando difícil identificar prioridades e cortar despesas desnecessárias em momentos críticos. Serviços básicos, como água, luz e gás, têm figurado entre as principais contas em atraso, amplificando a vulnerabilidade das famílias.
Principais causas do endividamento:
- Uso excessivo do cartão de crédito
- Falta de controle do orçamento familiar
- Desemprego e renda instável
- Juros elevados em serviços bancários
Quais são as iniciativas para auxiliar os endividados?
A Serasa, em parceria com mais de mil empresas, tem promovido campanhas de renegociação que oferecem até 90% de desconto nas dívidas. São 623 milhões de ofertas disponíveis em canais digitais, facilitando o acesso à regularização de pendências financeiras sem burocracia. Além disso, plataformas online ajudam o consumidor a consultar e negociar débitos de forma rápida e segura.
O governo federal e outras instituições também desenvolvem programas focados em educação financeira e auxílio emergencial, visando prevenir e combater o endividamento em massa. Campanhas de conscientização e orientação têm sido realizadas para informar a população sobre os riscos e as melhores práticas de consumo responsável.
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Quais estratégias podem ajudar a reduzir a inadimplência?
Diante do aumento da inadimplência, é fundamental adotar estratégias de prevenção e recuperação financeira. O planejamento orçamentário é o primeiro passo, estabelecendo limites para gastos e priorizando pagamentos essenciais. A busca por fontes extras de renda pode ser uma solução temporária para quitar dívidas em atraso.
Outro ponto essencial é manter o diálogo aberto com credores, negociando prazos e descontos sempre que possível. Utilizar aplicativos e ferramentas digitais contribui para acompanhar os débitos e evitar esquecimentos ou atrasos nas faturas. Pequenas mudanças de hábito diário já podem representar alívio no orçamento familiar.