O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, despencou nesta terça-feira (19). O índice recuou 2,10%, fechando aos 134.432 pontos, puxado principalmente pelas ações do setor financeiro, em meio a novas incertezas sobre a relação entre Brasil e Estados Unidos.
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino de afastar a aplicação automática da Lei Magnitsky — que prevê sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos — contra o ministro Alexandre de Moraes trouxe preocupação adicional ao mercado.
O governo americano reagiu afirmando que nenhum tribunal estrangeiro pode anular sanções impostas pelos Estados Unidos. Washington voltou a criticar Moraes, ampliando o desgaste diplomático.
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Operadores do mercado apontam que a decisão de Dino aumentou a percepção de insegurança jurídica, sobretudo para bancos com operações nos Estados Unidos. Fontes indicam que bancos já buscavam pareceres jurídicos no exterior e devem intensificar consultas com escritórios de advocacia.
Na semana, o índice da B3 cai 1,40%, limitando a alta do mês a 1,02%. Em 2025, a alta ainda é de 11,76%.
Destaques do Ibovespa
As ações da Petrobras recuaram 1,37% (ON) e 1,05% (PN), acompanhando o enfraquecimento dos preços internacionais do petróleo. A Vale subiu 0,08% — uma das cinco ações que fecharam em alta.
O setor financeiro pesou com forte sobre a Bolsa: Banco do Brasil (ON -6,03%), Itaú (PN -3,04%), Bradesco (PN -3,43%) e Santander (Unit -4,88%).
Entre as maiores altas do dia ficaram Minerva (+2,93%), Suzano (+0,78%) e Hypera (+0,48%). Por outro lado, Raízen (-9,57%), Cosan (-6,41%) e Banco do Brasil (-6,03%) tiveram os piores desempenhos da sessão.
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