O mercado de commodities teve um dia de movimentos distintos nesta quarta-feira (20), com destaque para o café, que manteve a tendência de alta em Nova York, enquanto o milho recuou no Brasil. O petróleo avançou no exterior e o boi gordo testou resistências importantes no mercado futuro.
A análise é de Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, que avaliou o impacto da oferta restrita de café, da movimentação política entre Brasil e Estados Unidos e da reação dos preços agrícolas.
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Confira a análise na íntegra:
Café mantém pressão por alta
O café arábica chegou a negociar a US$ 357 por libra-peso no contrato de dezembro, testando médias móveis de longo prazo que indicam espaço para novas altas. Gioielli destacou que os estoques seguem apertados tanto no Brasil quanto em Nova York, o que sustenta os preços.
Além disso, as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao café brasileiro continuam a influenciar o mercado. Com a busca por fornecedores alternativos, como países da América Central e o Vietnã, a demanda global pressiona ainda mais as cotações.
O robusta também avançou e chegou a se aproximar de US$ 6.000 por tonelada, refletindo a mesma tendência de valorização.
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Milho perde força no Brasil
No Brasil, o milho devolveu os ganhos da véspera. A queda foi atribuída à competitividade maior do produto americano, favorecida pela estabilidade do real frente ao dólar.
Segundo Gioielli, mesmo com a oscilação, os contratos futuros seguem próximos a níveis de suporte técnico, o que mantém a atenção dos traders sobre a formação de preços nas próximas semanas.
No mercado internacional, o petróleo subiu 1,7%, impulsionado por estoques menores nos Estados Unidos. O farelo de soja também avançou, próximo dos US$ 300 por tonelada, enquanto o óleo recuou, pressionando os contratos da oleaginosa.
A soja chegou a cair no contrato de novembro, mas recuperou parte das perdas ao final da sessão.
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Boi gordo testa resistências
O boi gordo se manteve estável no vencimento de outubro, após abrir em forte alta. Gioielli explicou que o contrato testa níveis de R$ 324 e R$ 330, pontos considerados importantes para definir o próximo movimento.
Apesar da recente recuperação, o mercado segue atento ao indicador Cepea/B3, que apresentou avanços nos últimos dias, mas ainda não confirmou uma tendência clara.
