A Nu Asset, gestora de investimentos do Nubank (ROXO34), anunciou nesta quarta-feira (20) o lançamento do NBIT11, primeiro ETF (fundo de índice) no Brasil que oferece exposição ao bitcoin (BTC) por meio de contratos futuros negociados na B3.
O NBIT11 replica o Índice Nasdaq Brazil Bitcoin Futures TR (NQBTCBRT), desenvolvido exclusivamente pela Nasdaq para este fundo, e acompanha o desempenho dos contratos futuros de bitcoin com vencimento mensal mais próximo na Bolsa brasileira.
Andrés Kikuchi, Diretor-Executivo da Nu Asset Management, afirma que “O ETF é uma alternativa para investidores que desejam se expor ao mercado de criptoativos de forma simples e alinhada às práticas do mercado financeiro tradicional”.
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Detalhes sobre o ETF de futuros de bitcoin – NBIT11
O NBIT11 é um ETF (Exchange Traded Fund), ou seja, um fundo de índice listado em bolsa que busca replicar a performance de um ativo de referência.
No caso do NBIT11, a referência é o índice Nasdaq Brazil Bitcoin Futures TR. O produto permite que investidores acompanhem a variação do preço do bitcoin sem a necessidade de comprar ou armazenar a criptomoeda diretamente.
Entre suas características está a taxa global decrescente: a taxa de administração inicial é de 0,50% ao ano, mas será reduzida progressivamente conforme o patrimônio do fundo crescer. O investimento mínimo é de R$ 50 por cota, com resgates em dois dias úteis (D+2).
Segundo a Nu Asset, os contratos futuros de bitcoin lançados em abril de 2024 já movimentaram mais de R$ 2 trilhões em volume financeiro.
ETFs de futuros de bitcoin sem compra ou custódia
Segundo a Nu Asset, uma das principais características do NBIT11 é a exposição simplificada ao bitcoin, sem necessidade de compra ou custódia da criptomoeda.
O ativo ainda se destaca por outros aspectos:
- Supervisão regulatória: o fundo será supervisionado pela CVM e seguirá normas do mercado brasileiro
- Custo eficiente: redução de custos operacionais em relação à negociação direta de futuros
- Liquidez: negociação em reais na B3, com resgates em D+2
Além disso, os contratos futuros permitem estratégias adicionais, como arbitragem. “O produto de futuros pode ser uma porta de entrada mais confortável”, disse Kikuchi.
Brasil no mercado de ETFs de cripto
O país foi pioneiro no lançamento de ETFs de criptoativos à vista em 2021. Hoje, essa classe já ocupa a terceira posição em patrimônio líquido entre os fundos de índice.
Os ETFs à vista mantêm exposição direta às moedas digitais, enquanto o NBIT11 traz a possibilidade de operar via contratos futuros, ampliando as alternativas disponíveis para investidores.
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Expansão do Nubank em criptoativos
O Nubank tem consolidado sua atuação no universo das criptomoedas desde 2022, quando lançou o Nubank Cripto, plataforma que permite comprar, vender e transferir ativos digitais diretamente pelo aplicativo.
Inicialmente restrito a Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), o portfólio foi expandido para incluir moedas como Solana (SOL), Ripple (XRP) e a stablecoin USDC.
Em novembro de 2024, o banco lançou uma ferramenta de swap dentro do app, permitindo trocas entre criptoativos, como BTC, ETH, SOL e UNI, por USDC e vice-versa, com taxas reduzidas.
Já em março de 2025, o Nubank adicionou novas opções ao portfólio, como Cardano (ADA), Near Protocol (NEAR), Cosmos (ATOM) e Algorand (ALGO), totalizando pelo menos 20 criptomoedas disponíveis aos clientes.
Essas movimentações reforçam a estratégia do banco em atender investidores interessados em diversificação de portfólio dentro do próprio ecossistema financeiro da instituição.