O mercado de commodities registrou novos avanços nesta quinta-feira (21). O café manteve a tendência de alta em Nova York, enquanto milho e soja foram impulsionados por exportações acima do esperado.
A análise é de Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, que destacou o comportamento dos contratos futuros das principais commodities agrícolas e os fatores que influenciaram as cotações.
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Hoje, o boi gordo futuro voltou a oscilar em torno dos R$ 319,80 por arroba. Gioielli destacou que o contrato vem respeitando médias móveis importantes, mas ainda sem força suficiente para confirmar uma tendência clara de recuperação.
Confira a análise na íntegra:
Café mantém ritmo de alta
O contrato de dezembro do café arábica na Bolsa de Nova York rompeu resistências técnicas e segue em movimento de valorização. Segundo Gioielli, o ativo “não para de subir”, com negociações testando patamares próximos a US$ 358.
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O café robusta também apresentou alta, superando US$ 4.500 por tonelada. O movimento reforça a percepção de mercado apertado, com estoques reduzidos e demanda firme.
Milho ganha apoio das exportações
O milho teve desempenho positivo no mercado internacional. Os embarques semanais dos Estados Unidos somaram 2,83 milhões de toneladas, superando a expectativa de 2,2 milhões de toneladas.
Apesar da boa safra apontada pelo Pro Farmer Crop Tour, que estimou produtividades acima da média, o mercado acompanhou relatos da presença de ferrugem do sul — uma doença fúngica que pode comprometer lavouras. Esse fator gerou dúvidas sobre a manutenção da produção em alta escala.
No Brasil, o milho futuro (contrato CCMX) testou níveis próximos de R$ 69,50 por saca, mas encontrou forte resistência vendedora nesse patamar.
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Soja rompe resistência
A soja também se destacou, alcançando o sétimo pregão consecutivo de alta. As exportações norte-americanas vieram acima do esperado, em linha com o milho, com 2,83 milhões de toneladas.
Outro fator de apoio foi a perspectiva de menor volume de chuvas no Meio-Oeste dos Estados Unidos, região crucial para o desenvolvimento da safra.
Além disso, a possibilidade de ampliação da mistura de biodiesel no diesel americano elevou a demanda por óleo de soja, que disparou no mercado futuro. O farelo, por outro lado, recuou, refletindo o equilíbrio entre os subprodutos da oleaginosa.
