O mercado de commodities encerrou a semana com fortes oscilações nesta sexta-feira (22). O café manteve a sequência de altas com os estoques reduzidos em Nova York, enquanto milho e soja foram sustentados por exportações e pela expectativa de chuvas no Brasil.
A análise é de Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, que destacou os movimentos técnicos e os fatores de oferta e demanda que influenciaram os preços no último pregão da semana.
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Confira a análise na íntegra:
Café testa patamares decisivos
O café arábica para setembro subiu 3,56% na Bolsa de Nova York. O contrato se aproxima de uma faixa considerada decisiva, entre 390 e 400 centavos de dólar por libra-peso.
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Segundo Gioielli, se os preços encontrarem resistência nesse patamar, podem devolver parte das altas recentes. Caso contrário, a tendência de valorização deve continuar.
Os estoques certificados da bolsa norte-americana (ICE) caíram de 841 mil sacas em julho para 729 mil em 21 de agosto. A queda é atribuída à menor importação de café brasileiro, o que obriga os Estados Unidos a buscar fornecedores alternativos.
Milho ganha apoio da demanda
O milho para dezembro rompeu linhas de resistência técnica e encerrou a sessão em alta. A demanda segue firme, tanto para exportação quanto para consumo interno nos EUA.
Apesar disso, produtores monitoram a ferrugem do sul, doença que pode afetar a produtividade, e áreas de seca em regiões produtoras. No Brasil, o contrato de milho (CCMX) voltou a testar níveis próximos de R$ 69,50 por saca, mas encontrou forte resistência de venda.
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Soja sobe com biodiesel nos EUA
A soja também registrou alta em Chicago. O contrato de novembro superou a faixa de consolidação e manteve tendência positiva.
O movimento foi reforçado pela expectativa de que o governo dos Estados Unidos amplie a mistura de biodiesel, aumentando a demanda por óleo de soja. O subproduto subiu forte, enquanto o farelo recuou.
Café é o tema do novo Ligando os Pontos
O café voltou a ser destaque no cenário internacional em 2025, com uma forte valorização nos mercados futuros que trouxe impacto direto para investidores. E o Brasil, maior produtor e exportador do mundo, está no centro deste movimento.
No novo episódio do podcast Ligando os Pontos, Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, explica como funciona o mercado de café, por que os preços estão em alta e o impactado das tarifas de Donald Trump e das geadas no Brasil. Confira:
