O golpe do falso cupom de desconto é uma fraude de phishing que se espalha rapidamente por redes sociais e aplicativos de mensagem. Criminosos criam links maliciosos prometendo cupons de desconto absurdos em grandes lojas, mas o objetivo real é roubar seus dados pessoais e financeiros. Este guia rápido e direto mostra como a armadilha funciona e o que fazer para não se tornar uma vítima.
Afinal, o que é e qual o verdadeiro objetivo do golpe do falso cupom?

Este golpe consiste na divulgação de links fraudulentos que prometem cupons de desconto extremamente vantajosos em lojas conhecidas (supermercados, varejistas, restaurantes). A oferta é compartilhada como um post patrocinado ou uma mensagem viral no WhatsApp, atraindo vítimas pela promessa de uma grande economia.
O objetivo dos golpistas é roubar informações. O link leva a um site falso onde a vítima é induzida a preencher formulários com dados pessoais (nome, CPF, endereço) e, em muitos casos, informações do cartão de crédito. Em outras variantes, o clique pode instalar um software malicioso (malware) no seu dispositivo.
A tática por trás da fraude é a engenharia social. A oferta de um desconto imperdível, somada ao uso do nome de uma marca de confiança, explora o desejo de economizar. A vítima, acreditando estar participando de uma promoção oficial, fornece seus dados voluntariamente.
Como os criminosos executam este golpe passo a passo?
A fraude é desenhada para ser simples e viral. O processo é rápido e muitas vezes exige que a própria vítima ajude a espalhar o golpe para receber o suposto benefício, aumentando o alcance dos criminosos de forma exponencial.
O processo criminoso geralmente ocorre nesta ordem:
- A Oferta Irresistível: A vítima vê um anúncio ou recebe uma mensagem com uma promessa como “R$200 de desconto nas suas compras!”.
- O Clique no Link Malicioso: Ao clicar, a pessoa é direcionada para uma página falsa que imita a identidade visual da loja.
- O Falso Cadastro ou Pesquisa: Para “liberar” o cupom, o site pede que a vítima preencha um cadastro com dados pessoais ou responda a uma pequena pesquisa.
- O Compartilhamento Obrigatório: A etapa final exige que a vítima compartilhe o link da “promoção” com um certo número de amigos no WhatsApp para finalmente receber o cupom, que nunca chega.
A pressão psicológica está na “gamificação” do processo. A ideia de completar etapas (responder, compartilhar) para ganhar a recompensa mantém a vítima engajada e a faz acreditar que o processo é legítimo, levando-a a espalhar a fraude e fornecer seus dados.
Leia também: O que muda quando você vai ao mercado a noite?
Quais são os sinais de alerta que você nunca deve ignorar?
Promoções oficiais de grandes marcas seguem regras de comunicação claras e acontecem em seus canais verificados. Qualquer oferta que foge desse padrão, por mais tentadora que seja, deve ser tratada com máxima desconfiança.
Fique muito atento a estes sinais de alerta que indicam uma fraude:
- O desconto oferecido é exagerado e muito acima do que a loja costuma praticar.
- O site para o qual o link te leva tem um endereço (URL) estranho, diferente do site oficial da marca.
- A página exige que você compartilhe o link com seus contatos para ter acesso ao cupom.
- O site pede informações pessoais excessivas e que não são necessárias para um simples cupom, como seu CPF ou dados completos.
- A mensagem ou o site contém erros de português e um design de baixa qualidade.
A regra de ouro é: verifique na fonte oficial. Se você viu uma promoção nas redes sociais, não clique no link. Abra seu navegador e acesse o site oficial da loja ou o aplicativo para confirmar se a oferta realmente existe.
Leia também: Essa cidade mineira se destaca pela hospitalidade e qualidade de vida
Fui vítima, e agora? Quais são os primeiros passos imediatos a tomar?
Se você clicou no link e preencheu seus dados, a agilidade é crucial para mitigar os riscos. Se você forneceu dados do seu cartão de crédito, contate seu banco ou a operadora do cartão imediatamente, informe o ocorrido e peça o bloqueio preventivo.
O segundo passo é proteger seus dispositivos e contas. Altere as senhas de e-mails e redes sociais, especialmente se você as repete. Passe um antivírus confiável no seu celular ou computador para verificar se nenhum malware foi instalado.
Formalize a denúncia. Registre um Boletim de Ocorrência (B.O.) na Polícia Civil do seu estado. A maioria das polícias civis oferece a opção de registro online através de uma Delegacia Virtual, que pode ser encontrada no portal Delegacia Virtual do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Como se proteger de phishing e links maliciosos?
A melhor defesa contra esse tipo de golpe é o ceticismo e a prevenção. A grande maioria das fraudes digitais pode ser evitada simplesmente ao não clicar em links suspeitos e ao verificar as informações antes de agir.
Adote estas dicas práticas: sempre desconfie de promoções “boas demais para ser verdade”. Antes de clicar, passe o mouse sobre o link (no computador) ou pressione e segure (no celular) para visualizar o endereço de destino. Mantenha um bom antivírus instalado e atualizado em seus dispositivos.
Para se informar sobre seus direitos e dicas de segurança em compras online, consulte os canais do Procon do seu estado ou município. Esses órgãos de defesa do consumidor frequentemente publicam alertas e guias para ajudar a população a evitar fraudes.
A economia que sai caro: desconfie de ofertas milagrosas
O golpe do falso cupom de desconto transforma o desejo de economizar em uma porta de entrada para o roubo de dados. A emoção de encontrar uma grande oferta é exatamente o que os criminosos querem que você sinta para agir sem pensar. Lembre-se que alguns segundos de verificação podem te poupar de um prejuízo enorme.
Este guia serve como um alerta educacional. Se você foi vítima, os passos essenciais e imediatos são contatar seu banco (se dados financeiros foram expostos) e registrar um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil. Proteger suas informações começa com um clique consciente.