Apesar do impulso do Dia dos Pais, as vendas do varejo físico brasileiro caíram 1,5% de julho para agosto de 2025, segundo o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian.
O desempenho negativo foi puxado por setores de alto valor de compra. O segmento de Motos, Veículos e Peças apresentou uma retração de 6,4% no mês.
A redução nas vendas é um reflexo do patamar de juros elevados. Este cenário afeta primariamente segmentos onde os valores de compra são mais altos e que dependem de financiamento, como os veículos. Confira a variação mensal:

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Por outro lado, o setor de Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas avançou 0,2% no mês. O movimento foi sustentado pela melhora nos preços dos alimentos e pela resiliência do mercado de trabalho, que manteve o consumo básico.
A economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, aponta que a tendência é de desaceleração ao longo do segundo semestre, com os juros altos aumentando a cautela do consumidor nas compras parceladas, reduzindo o ritmo de setores dependentes de crédito e pressionando o orçamento das famílias.
Comparação anual também mostra desaceleração
Na comparação anual (com agosto de 2024), as vendas no varejo cresceram 2,1%, puxado por Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática, com alta de 5,3%, a maior desde abril de 2024. Na sequência, vieram Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios (5%) e Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas (3,3%).
No entanto, esta foi a menor variação em 12 meses registrada em 2025 — abaixo dos 5,3% registrados no início do ano. No recorte, Veículos, Motos e Peças também foram os que mais pesaram, registrando queda de 4,3%. Confira a variação anual:

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