O BTG Pactual (BPAC11) manteve inalterada sua carteira recomendada de fundos imobiliários (FIIs) para setembro após bater o IFIX, índice de referência do setor, mas ajustou a posição em alguns ativos.
A estratégia segue focada em ativos que combinam distribuição consistente de dividendos e potencial de valorização no médio prazo As mudanças foram:
- Reduziram a participação em KNCR11 (-1,5%) e PVBI11 (-1,5%)
- Aumentaram a exposição em MCCI11 (+1,5%) e HSML11 (+1,5%)
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Em agosto, a carteira teve rentabilidade de 1,45%, enquanto o índice de referência do setor, o IFIX, avançou 1,16%. No acumulado do ano, o portfólio indicado pelo banco apresenta ganhos de 13,59%, contra 11,55% do IFIX.
Segundo os analistas do BTG, os fundos do setor de logística foram os principais responsáveis pela performance positiva da carteira no mês, impulsionados pela resiliência do segmento diante da demanda aquecida por galpões.
Já os fundos de shoppings tiveram desempenho mais fraco, refletindo ajustes nos preços e fluxo de investidores.
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Carteira de FIIs recomendada pelo BTG
A carteira segue alocando em 18 fundos, distribuídos entre diferentes setores do mercado imobiliário, que conta uma liquidez média diária ponderada de R$ 4,7 milhões:
| Fundo | Setor | Participação |
|---|---|---|
| BTCI11 | Crédito Imobiliário | 6,0% |
| KNCR11 | Crédito Imobiliário | 14,0% |
| KNIP11 | Crédito Imobiliário | 8,5% |
| CLIN11 | Recebíveis/Clínicas | 3,5% |
| RBRR11 | Crédito Imobiliário | 7,5% |
| RBRY11 | Crédito Imobiliário | 8,0% |
| MCCI11 | Crédito Imobiliário | 4,0% |
| VILG11 | Logística | 6,0% |
| BRCO11 | Logística | 4,5% |
| BTLG11 | Logística | 10,0% |
| BRCR11 | Lajes Corporativas | 3,5% |
| PVBI11 | Lajes Corporativas | 3,5% |
| HGBS11 | Shoppings | 1,5% |
| GZIT11 | Lajes Corporativas | 2,5% |
| HSML11 | Shoppings | 3,5% |
| TRXF11 | Híbrido (Renda Urbana) | 7,0% |
| HGRU11 | Híbrido (Renda Urbana) | 3,5% |
| BTHF11 | Fundo de Fundos (FoF) | 3,0% |
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Influência do cenário econômico
Os movimentos ocorrem em um ambiente de juros ainda elevados no Brasil e de expectativa de corte de taxas nos Estados Unidos nesse mês, fatores que influenciam diretamente o desempenho do setor.
O banco avalia que, apesar da Selic em patamar restritivo, a inflação segue controlada e há sinais de desaceleração da atividade, o que abre espaço para discussões futuras sobre redução dos juros. Enquanto isso, os fundos de recebíveis continuam oferecendo dividendos elevados, beneficiados pelo carrego em CDI e IPCA.
No exterior, o início do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve tende a favorecer ativos de risco globais, o que pode melhorar a percepção sobre FIIs no médio prazo.
