A Teka (TEKA4), em recuperação judicial, anunciou um acordo entre a família Kuehnrich e o Alumni Fundo de Investimento em Participações, atual acionista controlador. A decisão encerra disputas societárias e cria condições para a continuidade do processo de reestruturação da companhia, que se aproxima do centenário em 2026.
O entendimento prevê que a família Kuehnrich aporte imóveis de seu patrimônio, destinados a gerar recursos para o pagamento de dívidas trabalhistas. O Alumni, por sua vez, seguirá responsável pela condução do processo de reestruturação, com foco na gestão e no fortalecimento das operações industriais e comerciais.
Segundo comunicado da empresa, o acordo deve permitir a apresentação de um novo plano de recuperação judicial, com o objetivo de viabilizar o pagamento aos credores e garantir a manutenção das atividades da companhia.
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Acordo põe fim a disputas societárias da Teka
O acordo foi homologado na Justiça de Santa Catarina e encerra disputas entre acionistas que vinham impactando assembleias e decisões da companhia. As partes desistiram de ações e recursos em andamento, incluindo medidas judiciais e arbitrais, e outorgaram quitação mútua ampla.
Um dos pontos definidos foi a validação da Assembleia Geral Ordinária de 2023, na qual os acionistas preferencialistas passaram a votar em razão da ausência de dividendos por três exercícios consecutivos, conforme a Lei das S.A. e o estatuto da companhia. A decisão afasta questionamentos sobre a legitimidade do processo e garante segurança jurídica à governança da Teka.
O entendimento foi conduzido por equipes jurídicas que representaram os dois lados. Pelo Alumni, participaram os escritórios Chiarottino e Nicoletti Advogados e Modesto Carvalhosa, Kuyven e Ronco. Pela família Kuehnrich, atuaram Cristofolini Advogados e Capeletto, Bertolli, Mondini & Maziero.