O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, encerrou a primeira semana de setembro em forte alta e renovando os recordes intradiários e de fechamento, ultrapassando pela primeira vez os 143 mil pontos.
O movimento refletiu a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), após a divulgação do payroll dos Estados Unidos — relatório que mede a criação de empregos no país.
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A análise é de Sergio Ricciardi, sócio da Wiser | BTG Pactual, no novo episódio do podcast Perspectivas da Semana. Segundo ele, o resultado do payroll reforçou a tese de que os investidores devem se posicionar na Bolsa com ativos de risco e em títulos de maior prazo, já que a economia americana tende a entrar em ciclo de afrouxamento monetário.
Confira a análise na íntegra:
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Impacto do payroll na Bolsa
O relatório de agosto mostrou criação de apenas 22 mil vagas, abaixo da expectativa de 75 mil. O dado provocou queda nos rendimentos dos Treasuries — títulos do Tesouro americano — e recuo nos juros futuros no Brasil. Por aqui, o dólar também perdeu força.
Com a taxa de desemprego americana em alta e crescimento salarial abaixo do previsto, aumentaram as apostas de corte de juros pelo Fed já neste mês. O mercado precifica 90% de chance de redução de 25 pontos-base e 10% de corte de 50 pontos-base.
Desempenho dos mercados
Além do principal índice da Bolsa, outros indicadores acompanharam o movimento. O S&P 500 renovou máximas, fechando em 6.482 pontos, enquanto o IFIX, índice de fundos imobiliários da B3, avançou 0,69% na semana, atingindo 3.500 pontos.
No Brasil, o DI de longo prazo recuou, refletindo expectativas de que a trajetória dos juros domésticos só deve mudar após o início dos cortes nos Estados Unidos.
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Agenda da semana
O mercado segue atento a indicadores de inflação e atividade, com destaque para dados no Brasil e nos Estados Unidos, entre os principais eventos da semana estão:
- Terça-feira (9): Produção de veículos (Brasil); Inflação (China)
- Quarta-feira (10): Inflação medida pelo IPCA e confiança do consumidor (Brasil); Inflação ao produtor (EUA)
- Quinta-feira (11): Vendas no varejo (Brasil); Juros na Zona do Euro; Inflação e desemprego (EUA)
- Sexta-feira (12): PIB (Reino Unido); Crescimento do setor de serviços (Brasil)
