O dólar fechou esta quarta-feira (10) em queda de 0,54%, a R$ 5,40. O movimento refletiu a valorização de moedas emergentes ligadas a commodities, após a divulgação de dados mais fracos da inflação ao produtor nos Estados Unidos (PPI).
O índice caiu 0,1% em agosto, contrariando a expectativa de alta de 0,4%. O núcleo do PPI, que exclui itens voláteis, também recuou 0,1%, quando se esperava aumento de 0,3%.
A leitura reforçou as apostas de que o Federal Reserve (Fed) poderá acelerar o ciclo de cortes de juros até o fim do ano. Investidores já consideram certo um corte de pelo menos 25 pontos-base na reunião do dia 17.
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Operadores também destacaram a redução do risco de novas sanções dos EUA ao Brasil no curto prazo. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), divergiu em julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e afirmou que os fatos em análise ocorreram após o fim do mandato.
Investidores aguardam a divulgação, nesta quinta-feira (11), da inflação ao consumidor nos EUA (CPI). O dado deve calibrar as apostas sobre o ritmo de cortes de juros pelo Fed.
Fluxo cambial e política monetária
O Banco Central informou que, até 5 de setembro, o fluxo cambial do mês é positivo em US$ 277 milhões, com entrada líquida de US$ 743 milhões via comércio exterior e saída de US$ 466 milhões no canal financeiro.
No ano, o saldo segue negativo em US$ 16,6 bilhões, refletindo retiradas expressivas do mercado financeiro. Apesar disso, Aun destaca que o “carrego” — o ganho com juros altos no Brasil — continua atraente, favorecendo o real.
Dólar no exterior
No cenário externo, o índice DXY, que mede o dólar ante seis moedas fortes, oscilava próximo da estabilidade, em 97,8 pontos, após tocar mínima de 97,595 pela manhã. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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