Pela terceira vez em menos de 15 dias, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, rompeu um novo patamar, alcançando os 144.012 pontos nesta quinta-feira (11). Desde 28 de agosto, quando atingiu os 142 mil pontos, o indicador oscilou, mas voltou a registrar mais um recorde.
Hoje, a expectativa — já consolidada — de cortes de juros pelo Federal Reserve na próxima quarta-feira (17) sustentou o desempenho positivo do Ibovespa. A Bolsa brasileira se apoia também na queda nos rendimentos dos Treasuries americanos.
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Às 13h35, o IBOV sobe 0,81%, aos 143.500,12 pontos, com destaque para a alta em bloco do setor de varejo, beneficiado pela queda dos juros futuros e pelos dados de varejo divulgados nesta manhã.
Dados externos reforçam cenário para juros mais baixos
Um dos dados mais aguardados na agenda econômica global, a inflação norte-americana não surpreendeu e veio em linha com o esperado, subindo 0,4% em agosto, levemente acima das previsões (0,2%). No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 2,9%.
Além da inflação, os pedidos de auxílio-desemprego subiram para 263 mil na semana até 6 de setembro, bem acima da expectativa de 231 mil.
O resultado reforçou a leitura de enfraquecimento do mercado de trabalho americano, aumentando as apostas de que o Fed iniciará cortes de juros na chamada “Super Quarta”.
Ao Broadcast, do Estadão, Bruna Centeno, economista da Blue3 Investimentos, avaliou que “os mercados estão se preparando para reduções tanto pelo Fed quanto pelo Copom”. Para ela, um corte de 0,25 ponto percentual já é amplamente esperado, mas a autoridade monetária americana pode sinalizar cortes adicionais até o fim do ano.
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Ibovespa em alta, dólar em queda
Enquanto o Ibovespa emenda recorde atrás de recorde com a perspectiva de juros mais baixos nos EUA estimularem o fluxo para ativos de risco em países emergentes, como o Brasil, o dólar opera em forte queda.
Desde a abertura das negociações às 9h, a moeda norte-americana recua, chegando à mínima de R$ 5,37 no mercado à vista, em queda de 0,49%.
Na Bolsa, entre os setores de maior sensibilidade à taxa de juros, como bancos e consumo, o desempenho segue positivo, acompanhando o alívio na curva de juros futuros.