O principal índice de inflação dos Estados Unidos, medido pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% em agosto, na comparação mensal, e acumulou alta de 2,9% em 12 meses, informou nesta quinta-feira (11) o Departamento do Trabalho.
Os números vieram próximos das projeções de analistas, que esperavam avanço de 0,3% no mês e de 2,9% no ano. Segundo a consultoria Pantheon, o resultado reforça e sustenta os cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed).
A empresa projeta que nos próximos 12 meses, o Fed promoverá 150 pontos-base em cortes, sendo 75 pontos-base até o fim de 2025 — mais três cortes de 25 pontos-base nas últimas reuniões do ano.
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Núcleo da inflação segue pressionado
O núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia por serem itens de maior volatilidade, avançou 0,3% em agosto frente a julho, em linha com as estimativas do mercado. Na base anual, o núcleo subiu 3,1%.
Essa medida é acompanhada mais de perto pelo Federal Reserve (Fed), já que reflete de forma mais clara a tendência da inflação.
Projeções para a política monetária
A Pantheon destacou que o CPI ainda não reflete integralmente os impactos das tarifas na cadeia de bens. Segundo cálculos da empresa, apenas um terço dos custos foi repassado até agora, o que pode manter pressão nos preços.
Apesar disso, a consultoria prevê que a inflação de serviços deve perder força em 2026, acompanhando o enfraquecimento do mercado de trabalho e a desaceleração salarial.
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Reação dos mercados
Logo após a divulgação, as bolsas de Nova York abriram em alta, com destaque para o Dow Jones (alta de 1,26%). O S&P 500 e o Nasdaq também sobem nesta manhã: avanços de 0,73% e 0,81%, respectivamente.
O mercado reforçou a precificação de cortes de juros pelo Fed ainda em 2025. A expectativa é de que a desaceleração da inflação, especialmente no setor de serviços, abra espaço para flexibilização monetária nos próximos meses.