A indústria de fundos de investimento encerrou agosto com captação líquida negativa de R$ 26,7 bilhões, mas com números resilientes no consolidado de 2025. No último mês, os fundos de índice (ETFs) lideraram, com entrada de R$ 1,1 bilhão.
Em boletim inédito, a MZ Group, empresa que fornece tecnologia e inteligência para áreas de Relações com Investidores (RI), analisou dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e mostrou como a diversificação é um fator de equilíbrio no mercado.
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Os ETFs, além de liderarem em captação, também foram destaque ao registrar um crescimento anual de 30,8% no patrimônio líquido em visão corrente (aquele que considera o valor da moeda corrente na data) e 27,1% em visão constante (valor da moeda constante no último mês deflacionado do IGP-DI).
A classe também ampliou em 26,9% o número de fundos existentes na comparação com agosto de 2024.
Em ritmo mais modesto (abaixo de R$ 1 bilhão), os Fundos de Investimento em Participações (FIPs) e os Fundos do Agronegócio (FIAGRO) também registraram captação positiva no mês. Confira abaixo a captação/saída de cada fundo.

Panorama do mercado de fundos
No acumulado de 2025, a indústria ainda apresenta captação positiva de R$ 33,2 bilhões. Em julho, houve a maior entrada do ano, com R$ 54 bilhões.
Já no recorte dos últimos 12 meses, o resultado ajudou a ampliar os dados negativos: R$ 151,2 bilhões em saída líquida.
Em termos de patrimônio, os fundos de investimento atingiram R$ 10,1 trilhões em agosto, alta de 7,8% em relação ao mesmo mês de 2024. Os fundos em cotas chegaram a R$ 4,5 trilhões, crescimento de 6,5% no período.
Renda Fixa e Previdência seguem como as maiores classes em participação, representando 41,1% e 16,3% do patrimônio total, respectivamente.
Enquanto a captação líquida foi negativa, os índices de referência do mercado apresentaram desempenho positivo no mês. O Ibovespa subiu 6,3%, e o IFIX, que mede o desempenho dos fundos imobiliários, avançou 1,4%.
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Dados estratégicos para investidores
O estudo, que analisou mais de 30 mil fundos, mostra que a diversificação segue como elemento central para o setor. Mesmo em um cenário de saída líquida em agosto, algumas classes específicas, como ETFs e FIDCs, ganharam espaço.
Para investidores e gestores, os dados indicam a importância de acompanhar não apenas o fluxo geral da indústria, mas também as oportunidades que surgem em segmentos de crescimento acelerado.