O dólar fechou esta quinta-feira (11) em queda de 0,27%, a R$ 5,39 — menor valor desde 12 de agosto. Investidores reagiram aos números do mercado de trabalho norte-americano. Os pedidos semanais de auxílio-desemprego vieram acima do esperado, reforçando a leitura de enfraquecimento da economia.
Esse cenário aumentou a probabilidade de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). Segundo a ferramenta CME FedWatch, as chances de reduções acumuladas de 75 pontos-base (0,75 ponto percentual) até dezembro passaram de 60% para mais de 80%.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% em agosto ante julho, acima da mediana de projeções de 0,3%. Na comparação anual, a inflação ficou em 2,9%.
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No Brasil, a queda do dólar foi limitada por fatores políticos. O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, após o voto da ministra Cármen Lúcia. O resultado trouxe cautela ao mercado diante da possibilidade de sanções dos Estados Unidos ao Brasil.
Além disso, operadores mencionaram a pesquisa Datafolha divulgada à tarde, que mostrou melhora na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Parte dos investidores avalia que um eventual retorno da oposição ao poder em 2026 poderia representar maior foco em austeridade fiscal, o que fortaleceria o real no médio prazo.
Apoio externo à queda do dólar
No exterior, o índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes — caiu pouco mais de 0,25%, para 97.500 pontos. O movimento refletiu a expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos até o fim do ano. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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