O agronegócio de São Paulo registrou superávit de US$ 14,76 bilhões entre janeiro e agosto de 2025, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) divulgados nesta sexta-feira (12).
O saldo positivo veio de exportações de US$ 18,62 bilhões e importações de US$ 3,86 bilhões. O resultado é o primeiro após a decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas adicionais a produtos brasileiros.
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Agro concentrou exportações em cinco grupos
De acordo com o levantamento, cinco segmentos responderam por mais de 75% das vendas externas do estado. O complexo sucroalcooleiro liderou, com US$ 5,45 bilhões (29,3% do total), seguido por carnes, com US$ 2,69 bilhões (14,5%).
Na sequência apareceram produtos florestais (US$ 1,98 bilhão), complexo soja (US$ 1,95 bilhão) e sucos, quase todos de laranja, somando US$ 1,91 bilhão.
Na comparação com o mesmo período de 2024, destacaram-se as altas do café (+44,5%), das carnes (+27,8%) e dos sucos (+7,8%). Já o açúcar e o etanol recuaram 34,6%, produtos florestais caíram 3,2% e soja teve baixa de 2,1%.
Principais destinos e participação nacional
A China manteve a posição de principal destino, com 24,3% das exportações, comprando soja, carnes, açúcar e itens florestais. Em seguida vieram a União Europeia (14,3%), com foco em sucos e café, e os Estados Unidos (13,4%), que adquiriram principalmente sucos e carnes.
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No cenário nacional, São Paulo respondeu por 16,7% das exportações do agronegócio, ficando atrás apenas de Mato Grosso (17,7%). No total, o Brasil exportou US$ 111,69 bilhões no setor até agosto, com importações de US$ 13,49 bilhões.
Apoio ao setor no estado
Segundo o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, a diversificação da produção e dos destinos ajuda a reduzir os impactos das instabilidades externas. Ele citou como exemplo o avanço de carnes e café nas exportações do período.
O governo paulista também tem adotado medidas de suporte ao setor. O Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS) intensificou a compra pública de café de cooperativas, já adquirindo 8 toneladas em 2025.
Além disso, há linhas de crédito via Desenvolve SP, benefícios fiscais de ICMS e negociações para abrir novos mercados consumidores.