O dólar fechou esta sexta-feira (12) em queda de 0,71% frente ao real, a R$ 5,35, atingindo o menor valor desde o início de junho de 2024. Analistas atribuem o movimento à combinação de fatores locais e externos.
A expectativa de corte de juros nos Estados Unidos, previsto para a próxima quarta-feira (17), aumenta a atratividade do carry trade — estratégia em que investidores se aproveitam da diferença entre juros de diferentes países para lucrar com operações de câmbio.
No cenário interno, operadores destacam que a ausência de novas sanções dos Estados Unidos ao Brasil, após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), reduziu a busca por proteção no câmbio.
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A possível consolidação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como candidato competitivo à Presidência em 2026 também foi citada como fator de alívio para os mercados, já que, até o momento, ele não sinalizou confronto direto com o STF.
Na semana, o dólar acumula queda de 1,08%. Em setembro, a desvalorização chega a 1,25% e, no acumulado do ano, o dólar recua 13,37% frente ao real.
Real se descola do exterior
Enquanto o Índice Dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda americana frente a pares globais, registrava leve alta no exterior, o real apresentou o melhor desempenho entre as principais divisas emergentes. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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Mesmo com a leve alta, o DXY encerrou a semana com leve queda, acumulando recuo de 10% em 2025. Analistas avaliam que a moeda americana tende a continuar se enfraquecendo com o início do ciclo de cortes do Federal Reserve, embora em ritmo mais lento.
Ainda no dia, o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan caiu de 58,2 em agosto para 55,4 em setembro, contrariando as expectativas de mercado. As projeções de inflação de longo prazo também subiram, de 3,5% para 3,9%.