O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, encerrou a semana passada com queda de 0,26%, aos 142.272 pontos, após cinco semanas consecutivas de valorização e sucessivos recordes, e agora está de olho nos juros no Brasil e nos Estados Unidos.
O movimento refletiu uma acomodação dos ganhos recentes, em contraste com o desempenho positivo do mercado americano. A análise é de Sergio Ricciardi, sócio da Wiser | BTG Pactual, no novo episódio do podcast Perspectivas da Semana.
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Segundo ele, enquanto o índice brasileiro devolveu parte das altas, o S&P 500 avançou 1,59% e renovou máximas históricas, mesmo após a divulgação de um índice de preços ao consumidor (CPI) mais alto nos EUA. Confira a análise na íntegra:
Juros em queda no radar na Super Quarta
Ricciardi destacou que os juros futuros brasileiros (DI) e os rendimentos dos Treasuries de 10 anos recuaram, movimento que fortalece ativos de risco. O dólar também perdeu força, encerrando a semana em R$ 5,34, bem abaixo dos picos do fim de 2024.
Segundo o analista, a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) continua a sustentar o apetite por risco globalmente e beneficiando índices como o Ibovespa. “O diferencial de juros está muito alto e, quando os EUA começarem a cortar, outros bancos centrais devem acompanhar”, avaliou.
Marcada pela Super Quarta (17), com decisões do Copom e do Fed, a semana não deve registrar grandes surpresas nos juros. Ricciardi apontou que o mercado já precifica um corte de 0,25 ponto percentual nos EUA e manutenção da Selic no Brasil.
“O destaque deve ficar por conta dos comunicados, que podem indicar o ritmo das próximas reuniões”, disse. No entanto, o Fed segue pressionado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que espera por um corte de maior magnitude nesta quarta.
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Expectativas para 2026
O analista também ressaltou que a curva de juros já projeta queda da Selic a partir de 2026, chegando a 12,65% no fim do próximo ano. Nesse cenário, ativos de renda fixa indexados ao CDI tendem a perder atratividade em comparação com papéis de prazos mais longos e investimentos em bolsa.
Agenda econômica
Além das decisões monetárias, a agenda mais uma série de dados no Brasil e no exterior, confira abaixo:
- Terça-feira (16): Vendas no varejo e produção industrial (EUA); Produção industrial (zona do euro); Taxa desemprego (Brasil)
- Quarta-feira (17): Taxa de juros (Brasil e EUA); inflação (zona do euro e Reino Unido); IGP-10 (Brasil)
- Quinta-feira (18): Taxa de juros (Japão e Reino Unido); Inflação (Japão)
- Sexta-feira (19): Vendas no varejo (Reino Unido)