O dólar fechou esta terça-feira (16) em queda de 0,44% frente ao real, a R$ 5,30, menor valor de fechamento desde 6 de junho de 2024. O movimento reflete um enfraquecimento global do dólar.
Analistas apontam que o desfecho da “super quarta”, marcada por decisões do Fed e do Comitê de Política Monetária (Copom), pode ampliar a queda do dólar no Brasil. A expectativa é de corte de pelo menos 0,25 ponto percentual nos juros americanos e manutenção da Selic em 15% ao ano.
Esse diferencial de juros reforça o apetite por operações de carry trade, quando investidores captam recursos em países de juros mais baixos e aplicam em mercados como o brasileiro, que oferecem retornos mais altos. Esse movimento aumenta a entrada de dólares no país e valoriza o real.
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Internamente, os dados divulgados pelo IBGE mostraram que a taxa de desemprego caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho, a menor da série histórica da Pnad Contínua. A solidez do mercado de trabalho reforça a percepção de que o Copom deve manter a Selic em patamar elevado até janeiro de 2026, para conter a inflação.
A moeda americana acumula desvalorização de 2,54% nas últimas cinco sessões e já recua 14,27% em 2025.
Dólar no exterior
O índice DXY, que mede a força da moeda frente a seis divisas fortes — como o euro e o iene — caiu mais de 0,60%, atingindo mínima de 96,556 pontos. O DXY acumula queda de 11% no ano. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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Apesar de dados de varejo e indústria acima das expectativas nos Estados Unidos, investidores mantêm apostas de que o Federal Reserve (Fed) reduzirá os juros em até 0,75 ponto percentual até o fim do ano. Juros menores nos EUA reduzem a atratividade do dólar, favorecendo moedas emergentes.