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OPINIÃO: Por que os apartamentos estão encolhendo?

Redação Por Redação
16/set/2025
Em Imóveis, Notícias, Visões de Mercado
Imagem: Divulgação

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Por Eduarda Tolentino, CEO da BRZ Empreendimentos*

Nos últimos anos, o Brasil viveu uma combinação de pressões econômicas que afetou o setor de construção civil. A pandemia de Covid-19, a escassez de insumos, a valorização das commodities e a reorganização das cadeias produtivas globais criaram um cenário de aumento acelerado nos custos de produção.

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Ao mesmo tempo, programas habitacionais voltados à população de baixa renda, como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), não acompanharam esse movimento com ajustes compatíveis.

O resultado é um descompasso: o custo de produzir moradia cresce em ritmo mais rápido que o poder de compra subsidiado pelo programa. No segmento econômico, especialmente na Faixa 2 (que concentra 15% do déficit habitacional brasileiro e atende famílias com renda entre R$ 2.640 e R$ 4.400), essa diferença se tornou um desafio diário para construtoras e incorporadoras.

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O custo subiu, o teto não

De 2020 para cá, o custo por metro quadrado de uma construção residencial aumentou mais de 40%. A escalada foi puxada por insumos como aço, cimento, PVC e alumínio, somada a reajustes salariais no setor e impactos tributários.

Esse avanço supera de forma ampla os ajustes feitos no teto de financiamento do MCMV. Com recursos limitados e sem espaço para aumentar o preço final ao comprador, o único elemento que restou para adequar a equação foi a redução da metragem das unidades.

Assim, surgiram projetos com 37 m², 35 m² e até menos, especialmente em áreas metropolitanas, onde o valor do terreno já é um peso considerável no custo total.

A lógica econômica da redução

A matemática é simples: custo unitário = área privativa × custo por m². Com o valor do m² subindo e o valor final limitado pelo programa, a área privativa passa a ser a variável de ajuste.

Para que o imóvel se mantenha dentro do teto de venda, é necessário reduzir o tamanho. Isso não é uma estratégia de nicho ou de luxo compactado. É uma resposta à restrição orçamentária em um mercado em que cada centímetro quadrado tem peso no resultado.

Além de uma escolha de mercado, um reflexo de contexto

A redução das metragens não se explica somente pelo cenário econômico. Existe também um componente de demanda.

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De acordo com o Secovi-SP, 80% dos apartamentos vendidos em São Paulo em 2024 tinham até 45 m². Foram mais de 80 mil unidades compactas comercializadas, de um total de 103 mil. Além disso, mudanças no perfil demográfico reforçam o movimento: em 2022, 15,9% dos domicílios brasileiros eram unipessoais e, aproximadamente, 19% dos casais declararam não querer ter filhos.

Esses números mostram que existe mercado para imóveis menores. Contudo, no caso do segmento econômico, a redução de metragem está menos ligada a preferências de consumo e mais a uma necessidade de adequação financeira.

Caminhos possíveis para reverter o quadro

O ajuste dessa equação exige medidas coordenadas. Entre as principais propostas para reverter o cenário está a revisão anual dos tetos do programa, de forma que acompanhem indicadores como o INCC e o IPCA.

Esse alinhamento permitiria que o poder de compra subsidiado pelo governo se mantivesse compatível com a realidade dos custos de produção, evitando que o ajuste recaia apenas sobre o tamanho dos imóveis.

Outra medida considerada é o estímulo à industrialização da construção, ao adotar tecnologias como sistemas pré-moldados, estruturas modulares e processos padronizados que aumentam a produtividade, reduzem desperdícios e possibilitam ganhos de escala. Essas soluções diminuem o custo por metro quadrado e podem melhorar o padrão construtivo e o prazo de entrega.

Ainda, especialistas defendem uma revisão tributária específica para o setor, voltada a reduzir encargos que encarecem insumos e serviços. A diminuição do chamado “Custo Brasil” também é vista como fundamental, com investimentos em logística, melhorias no transporte de materiais e simplificação dos processos de licenciamento.

Essas ações, quando combinadas, poderiam criar um ambiente mais favorável para que o segmento econômico continuasse a oferecer imóveis acessíveis, com metragens adequadas e qualidade construtiva, sem comprometer a viabilidade financeira das construtoras.

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Essas medidas não eliminam os desafios, mas criam condições para que o segmento econômico possa entregar imóveis com metragem mais adequada sem inviabilizar o negócio.

Um problema que vai além da planta

Quando se fala em apartamentos menores, a discussão não se restringe à metragem. O tamanho influencia a qualidade de vida. Ambientes mais compactos podem ser funcionais quando bem planejados, mas há limites para manter conforto e usabilidade.

No segmento econômico, em que o público depende do imóvel para morar de forma estável e por muitos anos, a redução de espaço pode trazer implicações para a dinâmica familiar, armazenamento, ventilação e iluminação natural.

Por isso, especialistas alertam que o debate sobre a metragem não é apenas técnico ou econômico. É uma questão de dignidade habitacional.

A responsabilidade compartilhada

O desafio de equilibrar custo e metragem não é exclusivo das construtoras. Envolve a articulação entre governo, setor produtivo e instituições financeiras. Sem incentivos e políticas alinhadas, cada aumento no custo de construção terá como resposta natural mais cortes na área privativa.

Isso mantém a roda girando, mas empurra para o futuro um problema de qualidade e adequação dos imóveis populares.

O encolhimento dos apartamentos no Brasil é o retrato de uma equação em desequilíbrio: custos crescentes, tetos de financiamento defasados e mudanças demográficas que influenciam a demanda.

Enquanto as unidades compactas ganham espaço no mercado, a política habitacional precisa ser repensada para que tamanho reduzido seja uma opção de design e não uma imposição econômica.

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*Eduarda Tolentino é CEO da BRZ Empreendimentos, incorporadora com foco no segmento imobiliário econômico, nascida em 2010 em Belo Horizonte (MG).

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