A super quarta (17) foi marcada no mercado de commodities agrícolas pela super queda do café, com os contratos futuros em Nova York recuando mais de 7%. O movimento foi desencadeado por chuvas em regiões produtoras do Sudeste do país, o que trouxe alívio momentâneo para as preocupações com a próxima safra.
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Segundo análise de Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, o café arábica chegou a cair quase 9% ao longo do pregão, encerrando a sessão em torno de 378,7 cents por libra-peso, após ter fechado no dia anterior acima de 408 cents. O robusta, negociado em Londres, acompanhou o movimento e também despencou.
Confira a análise na íntegra:
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Café também é influenciado por correção técnica e fundamentos
O analista destacou que o movimento representa uma correção técnica após semanas de valorização acentuada, mas que os fundamentos do mercado seguem inalterados.
A combinação de estoques globais baixos, risco climático no Brasil e incertezas com a oferta na Ásia ainda sustenta um viés de preços elevados no médio prazo.
Para Gioielli, o café pode testar níveis mais baixos, próximos de 360 cents, antes de encontrar suporte e retomar o movimento de alta.
Milho e soja sob pressão
Além do café, outras commodities agrícolas também recuaram no dia. O milho voltou a cair — leve queda de 0,50% — e pode encerrar a semana abaixo da média de 50 dias, o que aumentaria a pressão técnica sobre os preços.
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Segundo Gioielli, setembro concentra vencimentos de financiamentos agrícolas, o que amplia a oferta e gera pressão adicional de venda no curto prazo.
A soja também perdeu força, acompanhando a queda do óleo de soja, e devolveu parte das altas recentes.
Boi gordo testa suporte
No mercado pecuário, os contratos de boi gordo mostraram volatilidade, chegando a perder níveis próximos de R$ 300 por arroba em alguns vencimentos. Gioielli avaliou que, se esse suporte for rompido, pode haver espaço para novas quedas, dado o aumento de oferta típico do período.