O mercado de commodities registrou forte movimento nesta segunda-feira (22), após a decisão da Argentina de zerar temporariamente o imposto de exportação sobre grãos e derivados, em busca de entrada de dólares no país.
A medida, válida até outubro de 2025, aumentou a competitividade do produto argentino e trouxe pressão para os preços da soja e do milho no Brasil e nos Estados Unidos.
- Enquanto você lê esta notícia, outros investidores seguem uma estratégia validada — veja como automatizar suas operações também.
Segundo análise de Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, além da medida argentina, os números de exportações semanais também influenciaram os preços.
Nos Estados Unidos, as vendas externas de soja caíram pela metade em relação à semana anterior, enquanto o milho também registrou retração. O cenário influenciou diretamente nos preços que caíram 1% e 0,5%, respectivamente. Confira a análise na íntegra:
Exportações em queda
Nos EUA, as exportações de soja somaram 484 mil toneladas na semana de 18 de setembro, contra 821 mil toneladas na semana anterior. O milho passou de 1,5 milhão de toneladas para 1,3 milhão. Já o trigo teve desempenho positivo, com 854 mil toneladas embarcadas, acima das 756 mil da semana anterior.
No Brasil, houve leve aumento de vendas no Mato Grosso, com tradings exportadoras aproveitando benefícios tributários para competir com a indústria. Ainda assim, produtores seguem vendendo conforme a necessidade, sem pressão de comercialização.
- Casa, comércio ou indústria: todos podem economizar no mercado livre de energia. Descubra como!
Clima segue no radar de commodities
Nos Estados Unidos, a colheita de soja e milho avança, mas os investidores acompanham de perto o clima. Há previsão de geadas na Dakota do Norte, que podem afetar parte da produção, principalmente do milho, mais sensível às baixas temperaturas.
O café registrou movimentos de alta e baixa durante o dia, refletindo um ajuste técnico após semanas de valorização. Já o boi gordo perdeu suporte em torno de R$ 309,90 e se aproximou do patamar de R$ 300 por arroba, número visto como psicológico pelo mercado.