A agência de classificação de risco Fitch Ratings manteve o rating nacional de longo prazo ‘A (bra)’ da Alliança Saúde e Participações S.A., com perspectiva positiva, em relatório divulgado nesta sexta-feira (26).
Segundo a Fitch, o perfil de crédito da Alliança (AALR3) é sustentado por sua escala de negócios mediana no competitivo mercado de diagnósticos no Brasil e pela concentração de receitas em exames de imagem, que representam 86% do faturamento.
- Veja quanto você pode economizar na conta de energia agora! Nossa equipe analisa sua fatura sem custo e apresenta o potencial de redução mensal.
Fundada em 2010, a companhia é formada por 25 empresas — como os laboratórios CDB, Plani e Axial —, conta com mais de 90 unidades ambulatoriais e presença em mais de 20 hospitais. A maior parte da receita está concentrada em São Paulo, Minas Gerais e Bahia, responsáveis por 84% do total.
A agência ressalta que a manutenção da perspectiva positiva depende do refinanciamento bem-sucedido dos passivos de curto prazo e da continuidade da estratégia de crescimento. Uma eventual frustração nesses pontos pode resultar em ação de rating negativa a curto prazo.
Produtividade em alta e expansão operacional
A Alliança tem focado no aumento da produtividade dos equipamentos de ressonância magnética (RM), que representam 35% das receitas. Em junho de 2025, cada máquina realizou em média 30 exames por dia, avanço de 40% em relação a 2022.
A Fitch projeta que a companhia opere com 110 equipamentos de RM em 2025 e 134 em 2026, com produtividade entre 30 e 31 exames por dia. Atualmente, a empresa conta com 82 unidades de atendimento, 106 equipamentos de RM e 173 salas de coleta em 12 estados.
- Investir em commodities com estratégia profissional é possível — saiba como ativar o Copy Invest do Portal das Commodities.
Dívida sob controle e margem em recuperação
A Fitch avalia que a Alliança seguirá proativa na gestão de seus passivos, alongando prazos e reduzindo riscos de refinanciamento. A empresa tem vencimentos de R$ 172 milhões até dezembro de 2025, R$ 127 milhões em 2026 e R$ 154 milhões em 2027.
Nos últimos dois anos, a dívida bruta caiu R$ 789 milhões, com aportes de R$ 511 milhões dos controladores e conversão futura de créditos em capital de R$ 532 milhões.
A margem de Ebitda — lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — atingiu 18% no primeiro semestre de 2025, ante 15% no mesmo período de 2024, voltando ao nível pré-pandemia.
A melhora foi impulsionada por digitalização de processos, renegociações com fornecedores e fechamento de unidades menos rentáveis.
- Lucro real, risco controlado e execução profissional — acesse agora e conheça o Copy Invest do Portal das Commodities.
Perspectivas para a Alliança
As aquisições das redes Cura e Meddi — esta última ainda sujeita à aprovação do Cade — devem adicionar cerca de R$ 300 milhões à receita a partir de 2026. A margem de Ebitda deve se manter entre 17% e 19% nos próximos anos, acima da média de 10% entre 2021 e 2023.
A Fitch projeta que o índice dívida líquida/Ebitda fique abaixo de 2,5 vezes, em comparação com 2,9 vezes em 2024 e 8,3 vezes na média de 2021 a 2023.
O Ebitda (pré-IFRS) deve variar entre R$ 220 milhões e R$ 255 milhões em 2025 e 2026, e o fluxo de caixa operacional deve alcançar R$ 160 milhões e R$ 95 milhões, respectivamente.
Apesar da pressão dos juros altos e da necessidade de capital de giro, o fluxo de caixa livre projetado é de cerca de R$ 70 milhões em 2025, e de neutro a ligeiramente negativo em 2026, após investimentos médios de R$ 80 milhões e dividendos de R$ 20 milhões no biênio.