Nesta terça-feira (7), o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 1,57%, aos 141.356 pontos, no menor nível de fechamento em um mês — desde 4 de setembro. O volume financeiro somou R$ 24,4 bilhões, indicando recuperação de liquidez.
A desvalorização refletiu ao risco fiscal, que prevaleceu no radar dos investidores. Pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou estudos sobre tarifa zero nos transportes, a partir de uma radiografia no setor, e o Congresso ainda discute uma MP (Medida Provisória) alternativa ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Em sua fala ao Broadcast, Paulo Silva, cofundador da Advisory 360, afirmou que o mercado global também reage à incerteza sobre o rumo da política monetária dos Estados Unidos. Faltando duas reuniões para o fim do ano, investidores tentam prever se o Federal Reserve (Fed) cortará os juros ainda em 2025.
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O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que a economia americana mostra “sinais de estagflação” — situação em que há inflação alta e crescimento econômico fraco.
Kashkari destacou que a inflação segue acima da meta de 2% ao ano e alertou que cortes de juros muito rápidos podem gerar pressões inflacionárias adicionais.
Destaques do Ibovespa
As blue chips — ações de empresas de grande liquidez e peso — concentraram as perdas. O setor financeiro, o de maior influência no índice, manteve o movimento de correção. As perdas variaram entre 0,93% (Banco do Brasil ON) e 2,06% (Santander Unit).
A Vale também recuou 1,41%. Já Petrobras registrou leve alta de 0,12% na ação ordinária (ON) e de 0,36% na preferencial (PN), em dia de estabilidade nos preços internacionais do petróleo.
Entre as maiores altas ficaram Minerva (+1,21%), PetroReconcavo (+0,89%) e BB Seguridade (+0,79%). Por outro lado, MRV (-12,12%), Raízen (-7,22%) e Vamos (-6,54%) tiveram os piores desempenhos da sessão. Somente 8 das 82 ações que compõem o Ibovespa fecharam em alta.
A MRV despencou após a divulgação das prévias operacionais do terceiro trimestre. Segundo o BTG Pactual, o fluxo de caixa apresentado foi considerado decepcionante, o que pressionou o papel e contaminou outras ações do setor imobiliário.
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