O mercado de commodities teve um dia de movimentos mistos nesta quinta-feira (9). O milho registrou alta, o boi gordo manteve estabilidade, enquanto a soja e o café recuaram, pressionados pela queda do petróleo.
A oscilação do barril — que influencia diretamente os biocombustíveis e derivados agrícolas, como o óleo e o farelo de soja — voltou a impactar as cotações das principais commodities agrícolas.
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Segundo análise de Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, os contratos de café para dezembro devolveram quase todos os ganhos da véspera e seguem sem tendência definida. Confira na íntegra:
Café de lado com possibilidade de correção
Os contratos de café chegaram a testar a região de 420 centavos de dólar por libra-peso antes de devolverem parte dos ganhos. Gioielli explica que os fundamentos do mercado seguem sólidos, com oferta ajustada e demanda firme, mas a possível revisão das tarifas pode gerar uma correção rápida.
As especulações sobre uma reaproximação diplomática entre o governo brasileiro e os Estados Unidos podem levar à retirada de tarifas sobre o produto, o que tende a reduzir os preços no curto prazo.
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Segundo o analista, há expectativa de que o grão possa sair da lista de produtos sobretaxados pelos EUA, o que aumentaria a oferta global e pressionaria as cotações.
Soja recua, mas milho avança
A soja também devolveu parte dos ganhos recentes, acompanhando a desvalorização do petróleo. O barril caiu cerca de 1,5%, refletindo temores sobre a demanda global e a falta de acordo entre Estados Unidos e China.
Trump afirmou que pretende discutir novas compras de soja com o presidente chinês, Xi Jinping, mas analistas consideram improvável um avanço rápido.
Gioielli lembra que os chineses já possuem estoques elevados e espaço limitado para novas aquisições — estimado entre 3 e 4 milhões de toneladas, volume considerado pequeno para o mercado americano.
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A queda do petróleo também influenciou o milho, que segue oscilando entre US$ 64 e US$ 68 por barril. Apesar da volatilidade, o cereal teve desempenho positivo nas operações futuras, com movimentos técnicos de recuperação.
Chuvas na Ásia podem afetar colheita
Outro fator que pode impactar os preços do milho e da soja é o excesso de chuvas no norte da China — região conhecida como “cinturão agrícola asiático”. As precipitações intensas e prolongadas podem atrasar a colheita e causar perdas de qualidade.
O atraso na retirada dos grãos do campo pode reduzir a oferta disponível no curto prazo, o que sustentaria os preços internacionais. Gioielli observa, porém, que o efeito dependerá da duração das chuvas e da extensão dos danos.