O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta sexta-feira (10) em queda de 0,73%, aos 140.680 pontos, refletindo a combinação de preocupações fiscais no Brasil e tensões comerciais entre China e EUA. Esse foi o menor nível de fechamento desde 3 de setembro.
No Brasil, a derrota do governo no Congresso na votação da Medida Provisória (MP) 1.303 do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que visava ampliar a arrecadação, reforçou a incerteza sobre o ajuste fiscal. Paralelamente, o lançamento de um novo pacote imobiliário pelo governo elevou a percepção de estímulo em ano pré-eleitoral.
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Nos Estados Unidos, os principais índices despencaram. O movimento foi influenciado por novas ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de aumentar tarifas contra a China, o que reacendeu o temor de uma guerra comercial.
Na semana, a Bolsa caiu 2,44%, terceiro recuo semanal consecutivo. Em outubro, o Ibovespa já cede 3,8%, reduzindo os ganhos no ano para 16,96%.
Destaques do Ibovespa
A Petrobras recuou 0,75% (ON) e 0,89% (PN), mesmo com a queda de cerca de 4% nos preços do petróleo, impactados pelo cessar-fogo em Gaza. Vale caiu 0,41%. O setor bancário também caiu em bloco, com destaque negativo para Banco do Brasil (-2,74%).
Entre as maiores altas do dia ficaram Engie (+1,45%), Minerva (+1,08%) e Suzano (+1,05%). Já CSN (-6,06%), Hapvida (-6,02%) e Braskem (-3,83%) tiveram os piores desempenhos da sessão.
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Dólar dispara e juros futuros avançam
O dólar subiu 2,39%, fechando a R$ 5,50, após atingir a máxima do dia em R$ 5,5187. O avanço refletiu a busca por segurança diante do aumento das tensões externas e da incerteza fiscal doméstica.
Enquanto isso, os juros futuros — contratos que refletem expectativas para a taxa Selic — voltaram a subir, principalmente nos vencimentos mais longos. Segundo analistas, esse movimento pressionou as ações da Bolsa.