O Banco Central da Argentina e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos assinaram uma linha de swap cambial de US$ 20 bilhões. O acordo entre EUA e Argentina, anunciado nesta segunda-feira (20), representa um reforço importante às reservas internacionais do país sul-americano e ocorre poucos dias antes das eleições de meio de mandato.
Segundo a Bloomber, a autoridade monetária argentina afirmou em comunicado que o objetivo do acordo é preservar a estabilidade de preços e estimular o crescimento econômico sustentável.
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O swap cambial é um tipo de contrato que permite a troca de moedas entre dois países, funcionando como uma linha de crédito em dólares para reforçar a liquidez das reservas internacionais.
Com o anúncio, os títulos da dívida argentina em dólar avançaram no mercado secundário, refletindo a percepção de maior suporte financeiro à economia local.
Contexto político do acordo entre EUA e Argentina
Na semana passada, o presidente argentino, Javier Milei, reuniu-se com o presidente americano, Donald Trump, na Casa Branca. Durante o encontro, Trump afirmou que o apoio dos Estados Unidos dependeria de um bom desempenho eleitoral de Milei, o que gerou cautela entre investidores.
As eleições de meio de mandato, marcadas para o próximo domingo (26), renovarão metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado argentino. O partido libertário de Milei, que hoje tem menos de 15% de representação, busca ampliar sua base para avançar com sua agenda de reformas econômicas e fiscais.
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Pressão sobre o peso argentino
Apesar do acordo e de declarações do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent — que afirmou que os EUA estão comprando pesos —, a moeda argentina segue em queda.
O peso acumula desvalorização de 5,7% em outubro e quase 30% no ano, o pior desempenho entre as moedas de mercados emergentes no período.
No mês passado, uma derrota do governo em uma eleição provincial provocou forte queda nos títulos argentinos e intensificou a preocupação dos investidores em relação à votação nacional.









