A China se consolidou como o principal destino do petróleo brasileiro no terceiro trimestre de 2025, respondendo por 53% das exportações da Petrobras (PETR4) — o maior percentual já registrado pela estatal —, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (24).
O volume enviado ao país asiático cresceu de 39% no mesmo período de 2024, enquanto as exportações totais da empresa avançaram 29% em um ano, impulsionadas pela alta na produção e pela maior capacidade operacional do pré-sal.
De julho a setembro, as vendas de petróleo cru subiram 36,1%, alcançando 814 mil barris por dia (bpd). No mesmo período, as exportações totais da companhia chegaram a 1,037 milhão de bpd, um aumento de 18% em relação ao trimestre anterior.
EUA perdem espaço e Europa reduz participação
Enquanto a China ampliou sua presença, os Estados Unidos viram sua fatia cair para 3% das exportações, metade da registrada há um ano, passando a ocupar a quarta posição entre os destinos do petróleo da estatal.
A Europa ficou em segundo lugar, com 15%, também metade do percentual observado no terceiro trimestre de 2024. Entre os derivados de petróleo, Singapura foi o principal comprador, com 56% do total, seguida pelos EUA, com 28%.
Produção em alta e pré-sal mais eficiente
A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras alcançou 3,144 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), alta de 17,3% na comparação anual.
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No pré-sal, foram extraídos 2,117 milhões de bpd, aumento de 16,2%, sustentado pelo desempenho de novas plataformas, como o FPSO Almirante Tamandaré, que atingiu sua capacidade máxima de 225 mil barris diários em apenas seis meses.
O campo de Búzios, principal ativo da companhia, também ampliou sua contribuição e foi reconhecido com o Prêmio OTC Brasil 2025, por inovação na indústria offshore.
Analistas projetam revisão das metas da Petrobras
Para o Citi, a Petrobras mostrou melhora operacional no trimestre, o que pode levar à revisão das metas de produção para 2026. O banco prevê dividendos equivalentes a 3% de retorno e mantém avaliação neutra para as ações.
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O BTG Pactual avalia que os resultados reforçam a expectativa de a companhia atingir o limite superior da meta de produção em 2025, sustentada por novos projetos e maior eficiência no pré-sal.
O banco recomenda compra para os papéis, com preço-alvo de US$ 15, alta potencial de 28% sobre o último fechamento dos ADRs.









