A Apple (NASDAQ: AAPL) encerrou o quarto trimestre fiscal com lucro recorde de US$ 27,47 bilhões, que corresponde a um crescimento de 86,4% sobre o valor reportado no mesmo período do ano anterior.
Essa alta foi impulsionada pelo lançamento do iPhone 17 e por um efeito contábil que reduziu despesas com impostos. Mesmo diante da queda nas vendas na China, a companhia superou as estimativas de Wall Street e voltou a animar os investidores ao divulgar seus resultados nesta quinta-feira (30), após o fechamento do mercado.
“A Apple tem muito orgulho de anunciar um recorde de receita para o trimestre de setembro de US$ 102,5 bilhões, incluindo um recorde de receita para iPhone e um recorde histórico para serviços”, afirmou Tim Cook, diretor-presidente da Apple, em comunicado que acompanhou o balanço.
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Logo após a divulgação dos resultados, os papéis (AAPL) subiam 4,3%, cotados a US$ 284,00, revertendo a leve queda inicial.
Os resultados positivos impulsionaram o mercado na manhã desta sexta-feira (31), mas a euforia durou pouco: às 12h10 (horário de Brasília), as ações registravam queda de 0,22%, negociadas a US$ 270,81 na Nasdaq.
Apple se destaca com receita recorde e efeito contábil no lucro
Entre julho e setembro, a Apple registrou receita líquida de US$ 102,47 bilhões, representando um crescimento de 8% em relação a 2024 e acima da projeção de US$ 101,61 bilhões dos analistas.
O lucro por ação foi de US$ 1,85, superando as expectativas de US$ 1,77 do mercado. O salto expressivo do lucro foi influenciado pela base de comparação mais fraca: no quarto trimestre de 2024, a empresa havia contabilizado provisões de impostos de US$ 14,87 bilhões, 64,1% maiores que as deste ano.
iPhone 17 impulsiona vendas e eleva preço médio
As vendas de produtos somaram US$ 73,71 bilhões, alta de 5,3% em relação ao ano anterior, impulsionadas pelo desempenho do iPhone, que respondeu por US$ 49,02 bilhões em receita, avanço de 6%.
O trimestre incluiu apenas duas semanas de disponibilidade do iPhone 17, mas a demanda inicial foi forte, com esgotamentos nas lojas e revendedores.
A Apple informou que a maioria dos consumidores optou pelos modelos Pro, de preço mais alto, elevando o ticket médio de venda.
O iPhone Air, lançado a US$ 999, também ajudou a puxar a receita. Ainda assim, o valor ficou ligeiramente abaixo das previsões de US$ 49,3 bilhões.
Macbooks e serviços se destacam no números da Apple
As vendas de Macbooks renderam US$ 8,72 bilhões, revelando uma alta de 12,7%, enquanto a receita de iPads permaneceu praticamente estável, em US$ 6,95 bilhões. O segmento de relógios, casa e acessórios teve leve queda de 0,3%, para US$ 9,01 bilhões.
O destaque foi o segmento de serviços, que inclui App Store, Apple Music e iCloud, com crescimento de 15,1%, somando US$ 28,75 bilhões, o maior resultado da história da companhia nessa divisão.
China preocupa, mas Natal deve sustentar alta
A receita na China continental caiu 3,6%, para US$ 14,5 bilhões, abaixo da previsão de US$ 16,4 bilhões dos analistas.
O desempenho reforça os sinais de perda de participação da Apple em um mercado estratégico, dominado por fabricantes locais de smartphones e marcado por restrições a recursos de inteligência artificial.
Ainda assim, a companhia espera compensar o recuo com o bom desempenho em outros mercados e o crescimento em serviços.
Em entrevista ao The Wall Street Journal, o executivo Parekh afirmou que a Apple projeta crescimento de 10% a 12% na receita do trimestre de dezembro, impulsionada pela temporada de Natal e pela continuidade das fortes vendas do iPhone 17.
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Apple atinge novo valor de mercado trilionário
O desempenho da Apple no terceiro trimestre reforça a confiança dos investidores após a empresa superar as projeções de lucro e receita e confirmar força na nova geração de produtos.
O balanço foi divulgado dias depois de a Apple ultrapassar US$ 4 trilhões em valor de mercado, marca que a coloca ao lado das gigantes de tecnologia Microsoft e Nvidia. A Microsoft caiu recentemente abaixo desse patamar, enquanto a Nvidia já supera US$ 5 trilhões.









