O dólar comercial fechou em alta de 0,56%, cotado a R$ 4,7740. A moeda norte-americana, que chegou a subir mais de 1,3%, perdeu força ao longo da sessão, mas refletiu a queda no preço das commodities e as incertezas sobre a retomada econômica chinesa.
Segundo o head de câmbio e sócio da Ethimos Investimentos, Lucas Brigato, o movimento de hoje é uma correção de curto prazo e a “nova onda de Covid na China incomodou os mercados. O suporte do dólar é de R$ 4,75.
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Brigato, contudo, projeta que o cenário de real forte ainda é frágil: “Este movimento pode mudar a qualquer momento, de acordo com os juros brasileiros e, principalmente, os juros nos Estados Unidos, que devem ultrapassar 1,5% ainda este ano”, pontua.
Rafael Mazzini, Especialista de Câmbio da Wise/Boreal ressaltou o receito do mercado “sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve, a guerra na Ucrânia e a disseminação da COVID-19 na China”.
Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “começa a ocorrer uma reversão nas commodities, que também é um movimento de correção”. Ainda assim, explica Serrano, as moedas emergentes tendem a se valorizar a curto prazo, mesmo com o aumento iminente dos juros nos Estados Unidos.
A desaceleração chinesa, explica Serrano, é preocupante: “Causa impacto principalmente no minério de ferro, já que ela demanda grande parte das commodities no mundo”, analisa.
De acordo com o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “o lockdown em Xangai pesa sob a confiança na retomada econômica chinesa, levando à queda significativa no preço das commodities, com destaque para o petróleo”.
Embora volátil, Borsoi acredita que a queda no preço das commodities e a taxa Treasury de 10 anos acima dos 2,5% devem fortalecer o dólar.
Paulo Holland / Agência CMA
Imagem: piqsels.com
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