O IPCA-15 de março registrou alta de 0,95% no mês, superando a expectativa das equipes do Itaú Unibanco e da Ativa.
“O número ficou acima da nossa projeção (0,89%) e do esperado pelo mercado, com mediana das expectativas em 0,85%. Com relação ao nosso valor projetado, destacamos alta acima do esperado em higiene pessoal, alimentos no domicílio e gasolina. Por outro lado, observamos alívio em serviços, com destaque para passagem aérea, cursos regulares e aluguel”, frisou o Itaú Unibanco em relatório.
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Segundo o documento, ambos os núcleos de industriais e serviços subjacentes apresentaram aceleração no acumulado de 12 meses (de 9,9% para 11,4% e de 6,8% para 7,0%, respectivamente). A média dos núcleos acompanhados pelo BC (EX-0, EX-3, MS, DP e P55) passou de 0,98% para 0,84% no mês e acumula alta de 8,8% em 12 meses. A difusão do mês de março acelerou para 75,5% (de 69,5% em fevereiro).
“Nossa projeção preliminar para o IPCA está em 1,31% em março, 1,11% em abril e -0,26% em maio. Os próximos dois meses continuarão pressionados pelos reajustes recentes de gasolina, gás de botijão e diesel na refinaria pela Petrobras, considerando que o repasse tem sido mais alto e mais rápido para o consumidor. O pico da inflação deve ficar ligeiramente abaixo de 12% em abril. Esperamos alívio na leitura de maio, com mudança da bandeira de escassez hídrica para amarela”, completa.
O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, lembra que a expectativa era de alta de apenas 0,81%. “Nosso desvio foi concentrado nos itens perfumes e gasolina. O primeiro teve variação de 12,84%, o que representou um desvio de 10bps no headline frente nossa expectativa de +2%. No caso da gasolina, que tem peso de 6,40% do IPCA, a variação de 0,83%, frente nossa perspectiva de -0,12%, representou um desvio de 6bps”.
Segundo ele, estruturalmente, com um IPCA-15 acumulado em 12 meses de 10,8% não tem como afirmar que a divulgação foi benigna, mas é fundamental apontar que o avanço dos núcleos olhados pelo BC perdeu ímpeto.
Para o IPCA fechado do mês, Sanchez mantém perspectiva ao redor de 1,0%, ao passo que itens relevantes que variação repetida vieram mais fracos. “Apostamos em uma repetição da taxa de perfumes para o fechamento do mês. Muito em breve mandaremos nossa curva atualizada. O ano deverá permanecer em 5,9%”.
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