O dólar comercial fechou em queda de 1,77%, cotado a R$ 4,7470. A moeda norte-americana atingiu o menor valor desde o dia 13 de março de 2020. Assim como nos últimos dias, o movimento foi causado pela alta global das commodities e os altos juros praticados no Brasil.
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Segundo o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “hoje, especialmente, vemos um movimento em linha com a crise global e a alta das commodities. Isso faz com que investimentos do leste europeu migrem para a América Latina”.
As altas taxas de juros, explica Rostagno, assim como dados ruins da economia dos Estados Unidos, contribuem com essa queda vertiginosa do dólar: “O (presidente do Banco Central, BC), Roberto Campos Neto, foi bem explícito ao falar que a próxima alta na Selic (taxa básica de juros) deve ser a última deste ciclo de aperto monetário”.
Rafael Becker, Especialista de Câmbio da Wise/Boreal, ressaltou o impacto da divulgação do IPCA-15 na baixa do dólar desta sexta-feira (25). Para o especialista, o mercado está com a expectativa de que o fim do ciclo monetário não ocorra em maio, como prometido pelo Banco Central.
Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “no curto prazo, com a inflação global que causa a alta das commodities e os juros altos, a taxa de câmbio deve seguir valorizada. Isso, porém, não é uma tendência, com a projeção de um dólar mais forte ao final do ano”.
Abdelmalack acredita que além da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em maio, os fatores políticos – com a aproximação das eleições – e fiscais irão testar o fôlego do real: “São temas que se entrelaçam, estão atrelados”, observa.
De acordo com o boletim matinal da Correparti, “o dólar comercial deve abrir em leve queda”, e destacou que o dólar perde ante seus pares e opera misto ante as emergentes.
Assim como os comentários do Campos Neto, pela manhã, a sessão também pode ser marcada por diversas falas dos “Fed Boys”, analisa a Correparti.
Paulo Holland / Agência CMA
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