O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) se reunirá nesta sexta-feira (7) com o vice-presidente Geraldo Alckmin, em Brasília, para avançar nas negociações sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao café brasileiro.
Segundo o Globo Rural, o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, afirmou que existem duas estratégias sendo avaliadas:
- Propor uma suspensão temporária das tarifas por 90 dias, até que os dois países concluam um acordo comercial definitivo
- Ampliar as isenções setoriais, incluindo os cafés entre os produtos beneficiados.
“O que estamos falando para as nossas autoridades é apostar nos produtos mais fáceis de serem isentados pelos EUA. No caso do café, há um interesse mútuo na isenção”, afirmou Matos.
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Exportações de café para os EUA caem mais de 50%
De acordo com o Cecafé, as exportações de café para os Estados Unidos recuaram 46% em agosto e 52,8% em setembro, levando o país a perder a segunda posição entre os principais destinos do café brasileiro.
“Temos contratos sendo postergados e cancelados. Em muitos casos, o importador assume parte da tarifa para não perder espaço nos blends dos clientes”, disse Matos.
Os efeitos da política tarifária também aparecem nos índices de inflação norte-americanos. Em 12 meses até setembro, o preço do café instantâneo nos EUA subiu 21,7%, enquanto o torrado e moído avançou 18,9%, segundo o Cecafé.
Setor busca reforçar imagem dos “Cafés do Brasil“
O debate sobre tarifas ocorre no mesmo momento em que o setor promove uma nova fase de posicionamento internacional.
Ontem (5), durante a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte, foi apresentada a nova marca institucional “Cafés do Brasil”, em iniciativa conjunta de entidades como Abic, Abics, CNA, Cecafé, CNC, BSCA e o Ministério da Agricultura (Mapa).
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O presidente da Abic, Pavel Cardoso, afirmou que o rebranding “celebra 300 anos de produção de café no Brasil” e busca fortalecer a identidade do produto nacional no exterior.
Para Aguinaldo Lima, diretor da Abics, a reformulação da marca é uma oportunidade para reposicionar o café brasileiro no mercado global. “Se a gente produz de forma ambientalmente e socialmente correta, só precisamos contar isso”, afirmou.









