As ações da MBRF (MBRF3) lideram as altas do Ibovespa nesta sexta-feira (7), após a China anunciar a retirada da suspensão às importações de frango brasileiro. Às 12h, o papel avançava 5,05%, aos R$ 18,11.
A decisão, divulgada pela Administração Geral das Alfândegas da China (GACC), encerra a proibição que estava em vigor desde maio de 2025, quando foi detectado um caso isolado de gripe aviária no Rio Grande do Sul.
O fim da suspensão foi comunicado oficialmente ao governo brasileiro, permitindo a retomada das exportações da proteína ao principal parceiro comercial do país. Em nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária afirmou que, atualmente, apenas o Canadá mantém a suspensão total.
- Casa, comércio ou indústria: todos podem economizar no mercado livre de energia. Descubra como!
Liberação ao frango brasileiro veio após quase seis meses
De acordo com a GACC, a medida foi tomada com base em uma nova análise de risco sanitário sobre a influenza aviária, que confirmou a segurança dos produtos brasileiros.
O governo da China informou ainda que deve reabilitar os frigoríficos nacionais autorizados a exportar em breve, reativando o registro das 59 plantas brasileiras atualmente desabilitadas.
A suspensão anterior fazia parte de um protocolo sanitário bilateral que exige a interrupção temporária das exportações em caso de detecção da doença em plantéis comerciais.
Após o controle do foco e o reconhecimento internacional do Brasil como país livre de gripe aviária pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), as autoridades aguardavam apenas a aprovação da GACC para retomar os embarques.
- Temos 46 vagas restantes para quem quer lucrar com operações de café do Portal das Commodities — clique aqui e veja como aplicar na prática.
Reação do setor e impacto nas exportações
Para o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a decisão reforça a confiança da China na qualidade sanitária dos alimentos brasileiros. Ele lembrou que o país asiático respondeu por 13% das exportações de carne de frango do Brasil em 2024, equivalentes a US$ 1,288 bilhão em receitas.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) avaliou que a reabertura representa um marco decisivo para o desempenho das exportações em 2025, impulsionando a recuperação do setor.
“O retorno da China é determinante para o crescimento dos embarques e para a estabilidade do mercado neste fim de ano”, afirmou Ricardo Santin, presidente da entidade.
Em outubro, o Brasil exportou 501,3 mil toneladas de carne de frango, o segundo maior volume mensal da história, com alta de 8,2% em relação a igual mês de 2024. O Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul seguem como os maiores exportadores.









