A primeira pesquisa nacional sobre o planejamento financeiro da população brasileira, realizada pela Planejar em parceria com o Datafolha, revela que 43% dos brasileiros não possuem uma reserva de emergência.
Na prática, isso significa que quase metade da população não teria condições de pagar as contas por um mês em caso de perda de renda.
A falta de reserva não é um problema pontual. Ela se conecta a um conjunto de fragilidades financeiras que atravessam diferentes faixas de renda, idades e escolaridade. Mesmo entre as pessoas que se dizem organizadas financeiramente, o acúmulo para o futuro não ocorre.
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Além disso, mais da metade dos entrevistados (57%) já pensou na distribuição de bens, mas somente 7% formalizaram testamento ou plano de sucessão. O custo do inventário também não é considerado: apenas 9% tomaram medidas para garantir recursos para essa despesa.
Controle de gastos não significa planejamento
Mais da metade dos brasileiros se considera planejada financeiramente: 59% afirmam ser razoavelmente, muito ou extremamente planejados. Porém, quando a pesquisa aprofunda o conceito, aparece um descompasso entre percepção e prática.
Entre os que se dizem planejados, 92% afirmam controlar as despesas do mês — geralmente anotando gastos em papel ou planilhas digitais. O método mais usado continua sendo o caderno ou bloco de notas, citado por 45% dos entrevistados, seguido por planilhas e aplicativos, com 32%.
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Mas o controle do fluxo de caixa não se traduz em segurança. O estudo mostra que:
- 39% gastaram mais do que receberam no último ano;
- entre os insatisfeitos com suas finanças, a proporção sobe para 53%.
Além disso, 84% dos brasileiros passaram por algum tipo de situação financeira negativa nos últimos 12 meses, sendo que 67% precisaram reduzir gastos essenciais, como alimentação e transporte, para pagar contas.
Endividamento alto reduz a capacidade de criar reserva de emergência
A dificuldade de formar reserva está conectada ao peso das dívidas no orçamento. Metade dos entrevistados possui algum tipo de empréstimo ou financiamento recorrente, como consignado, financiamento imobiliário, crédito para carro ou cheque especial.
Em um terço dos casos, mais de 50% da renda mensal é consumida apenas por essas despesas. Sem espaço no orçamento, a reserva de emergência não nasce — ou nasce e dura pouco.
Entre os que conseguiram guardar dinheiro, 48% afirmam que a reserva duraria no máximo um ano, e para um terço, apenas três meses.
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Investimentos existem — mas são básicos e concentrados na poupança
Apesar da dificuldade em poupar, 76% dos entrevistados afirmam possuir algum investimento ou imóvel. A preferência continua sendo pela caderneta de poupança, citada por 57% da amostra.
Produtos mais sofisticados, como ações ou fundos imobiliários, estão concentrados nos segmentos de renda mais alta.
Na classe A, 50% investem em renda variável, enquanto na classe C esse número cai para 10%.
Aposentadoria e INSS: expectativa não corresponde à realidade
A pesquisa investigou a fonte de renda na aposentadoria e encontrou um contraste relevante.
Entre quem ainda está na ativa:
- 64% acreditam que vão viver majoritariamente do INSS.
Entre quem já está aposentado:
- 82% dependem exclusivamente da previdência pública.
Mesmo entre os jovens, que demonstram desconfiança em relação ao futuro do INSS, o planejamento não acontece: apenas 9% dos entrevistados de 18 a 24 anos possuem previdência privada.
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Brasileiro evita orientação financeira
Outro ponto de destaque é a baixa procura por ajuda profissional.
- 57% dos brasileiros não contam com ajuda nas finanças pessoais.
- 49% dizem que considerariam contratar um planejador financeiro, mas apenas 2% já o fizeram de fato.
Entre os que não contratariam, as principais justificativas são: acreditar que conseguem fazer sozinhos (20%), não ver necessidade (16%) ou falta de recursos para pagar o serviço (16%).
Dificuldade para criar reserva de emergência
Os números mostram que o brasileiro controla gastos, mas não constrói futuro. A reserva de emergência, que deveria ser a base do planejamento, simplesmente não existe para quase metade da população.
Enquanto isso, o orçamento é consumido por dívidas, a aposentadoria é adiada para o INSS e o planejamento sucessório é ignorado.
A pesquisa expõe um desafio social e, ao mesmo tempo, uma oportunidade para o mercado de planejamento financeiro no país.
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