O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, segue fazendo história com uma sucessão de recordes. Nesta segunda-feira (10), o índice encerrou o dia em alta de 0,77%, aos 155.257 pontos, em seu 11º recorde de fechamento.
A alta refletiu o bom desempenho do mercado norte-americano, apoiado pelo alívio nas preocupações com uma possível bolha no setor de tecnologia e pela expectativa de um acordo para colocar fim ao shutdown.
Em destaque no Ibovespa, a Petrobras encerrou o dia em alta de 0,88% (ON) e 0,56% (PN), enquanto a Vale teve ganhos mais modestos, de 0,66%.
No setor financeiro, as ações do Bradesco tiveram uma valorização de 1,56% (ON) e 1,87% (PN), enquanto nas máximas do dia, o destaque foi para Lojas Renner, que acumulou alta 3,94% na sessão, enquanto Azzas (-2,05%) ficou com a maior perda.
Ante os eventos externos e a expectativa pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o dólar encerrou o dia em queda de 0,53% ante o real, negociado a R$ 5,31, no menor nível desde 23 de setembro.
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No mercado internacional, aumenta o otimismo pelo fim da paralização do governo americano após o Senado aprovar, na noite desta segunda-feira, um projeto de lei que garante o financiamento do governo federal até janeiro, encerrando a paralisação mais longa da história do país.
O presidente da Câmara, Mike Johnson, anunciou que retomará as sessões logo após o fim dos trabalhos no Senado e dará aviso prévio de 36 horas aos deputados. Já o líder democrata Hakeem Jeffries afirmou que seu partido resistirá à proposta e seguirá defendendo a ampliação dos subsídios da Lei de Assistência Médica Acessível.
Em meio à agenda esvaziada no exterior, o Feriado do Dia do Veterano nos Estados Unidos fecha o mercado de Treasuries, mas as bolsas em WallStreet funcionam normalmente.
No Brasil, a divulgação da ata do Copom deve apontar a trajetória dos juros no país e sinalizar o início do ciclo de cortes. Após a divulgação do documento, o IPCA de outubro deve continuar calibrando as expectativas do mercado.
Segundo Eduardo Velho, economista-chefe da Equator Investimentos, eventuais surpresas nos preços de alimentos e bens industriais podem reforçar as apostas de início do ciclo de corte da Selic em janeiro.
No cenário político-econômico, de volta à Brasília, o presidente Lula deve sancionar nesta terça-feira (11) o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5 mil.
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Manchetes desta manhã
- Eventos climáticos extremos impõem desafios para setor de infraestrutura (Valor)
- Papel da PF contra facções do crime é pivô de disputa entre governo e oposição (O Globo)
- Lula critica guerras e negacionismo e pede alternativa ao petróleo na COP30 (Folha)
- Em crise, Correios são alvo de seis ações trabalhistas por hora (Estadão)
- Ata do COpom: BC está mais convicto de que Selic a 15% é suficiente para conter inflação (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa sobem com otimismo pelo fim da paralisação do governo nos EUA em meio a dados locais.
O índice de sentimento econômico ZEW da Alemanha recuou para 38,5 pontos em novembro, ante 39,3 em outubro, abaixo da projeção de 40. Já no Reino Unido, a taxa de desemprego subiu em setembro, enquanto o ritmo de crescimento dos salários perdeu força, aumentando as apostas em um corte de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE).
Na Ásia, os índices encerraram o pregão sem direção única, sob cautela após o Softbank anunciar a venda de suas ações na Nvidia, levantando dúvidas sobre as altas avaliações do setor de IA. Investidores também aguardam desdobramentos sobre o fim da paralisação do governo dos EUA.
Xangai fechou em queda de 0,39% e Shenzhen, de 1,03%. Já em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou allta de 0,18% e, em Tóquio, o Nikkei também fechou no terreno positivo com +0,13%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi ganhou 0,81% e o destaque negativo ficou com Taiwan, que perdeu 0,30%.
Em Nova York, os índices futuros recuam nesta segunda-feira (11), após a alta do pregão anterior, que foi sustentada pelo otimismo com um possível acordo para encerrar a paralisação do governo americano.
Confira os principais índices do mercado:
- S&P 500 Futuro -0,2%
- FTSE 100 +0,8%
- CAC 40 +0,7%
- Nikkei 225 -0,1%
- Hang Seng +0,2%
- Shanghai SE Comp. -0,4%
- MSCI World +0,1%
- MSCI EM estável
- Bitcoin -0,5% a US$ 105111,94
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Commodities
- Petróleo: sobe limitado por incertezas quanto ao excesso de oferta, em meio à expectativa de reabertura do governo dos EUA, enquanto investidores ponderam o risco de superoferta diante do aumento de produção da Opep+.
O shutdown preocupa o mercado por ter afetado o tráfego aéreo no maior consumidor de combustível do mundo. Ao mesmo tempo, os temores de excesso de oferta refletem o aumento de produção da Opep+, e o conflito na Ucrânia segue no radar por seu potencial de afetar o fornecimento da Rússia.
O Brent/jan sobe 0,36%, negociado a US$ 64,29 e o WTI/dez avança 0,28%, a US$ 60,30 - Minério de ferro: fechou em leve alta de 0,20% em Dalian, na China, cotado a US$ 107,16/ton.
Em Singapura, os contratos futuros desvalorizam 0,69%, cotados a US$ 101,45/ton e o mercado à vista recua 0,44%, cotado a US$ 102,80/ton.
Cenário internacional otimista com o fim do shutdown
Nos EUA, o Senado aprovou na noite de ontem um acordo que põe fim à paralisação do governo, após duas semanas de impasse.
A proposta recebeu 60 votos a favor e 40 contra, com apoio quase total dos republicanos e de oito democratas.
O texto segue agora para votação na Câmara na quarta-feira (12) e, se aprovado, será encaminhado para sanção presidencial.
Cenário nacional realinha apostas sobre os juros
No Brasil, o IBGE divulga às 9h o IPCA de outubro, principal índice de inflação do país, e que junto com as declarações do Copom deve direcionar as apostas nos juros brasileiros.
A agenda do dia também destaca a primeira prévia de novembro do IGP-M e a Pesquisa Industrial Mensal Regional de setembro, que apresenta o desempenho da produção industrial nas diversas regiões brasileiras.
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Destaques no mercado corporativo
- Sabesp registrou lucro ajustado de R$ 1,28 bilhão no 3º tri, alta de 9,5%, com Ebitda subindo 14,7%, apoiado no controle de custos operacionais.
- Braskem firmou acordo de R$ 1,2 bilhão com o governo de Alagoas e viu seus ADRs subirem 4% no after market.
- PetroRecôncavo teve participação elevada pela gestora Cobas, que agora detém 5,02% das ações ordinárias.
- Itaúsa lucrou R$ 4,12 bilhões (+6%), com ROE de 18,5% e redução de 26% no endividamento líquido.
- Oi adiou a divulgação dos resultados do 3º tri; governo e Anatel garantem manutenção dos serviços após decreto de falência.
- Zamp aprovou a migração de registro na CVM de categoria A para B, reduzindo exigências regulatórias.
- Rede D’Or vendeu a Maternidade Star por R$ 223 milhões e aprovou emissão de debêntures de R$ 3,5 bilhões para reforçar o caixa.
- Azul apresentou documentos no processo de Chapter 11 nos EUA, dando continuidade à reestruturação financeira.









