As tentativas de fraude na Black Friday preocupa consumidores no Brasil. No terceiro trimestre de 2025, as buscas no Google pelo termo “black fraude” mais do que dobraram (127%), segundo levantamento da Branddi.
O indicador mostra que os consumidores estão mais atentos aos golpes, mas também revela um padrão de picos de golpes em datas comemorativas de grande volume de compras. Na Black Friday de 2024 (contando o “esquenta”, desde o início de novembro), foram detectadas 51.019 novas ameaças — 1,7 mil por dia.
- Outros investidores já estão copiando a operação com café que rendeu R$ 25 mil no mês — saiba como ativar agora o Copy Invest.
Segundo Diego Daminelli, CEO da Branddi, o período de ofertas atrai a ação de golpistas. “Esses são momentos em que há mais gente procurando produtos e serviços. Crescem também os anúncios, perfis ou sites falsos que tentam ludibriar as pessoas”, explica.
A apuração mostrou ainda que 82% dos consumidores já se depararam com tentativas de golpe, e 37,4% afirmam ter sido vítimas recentemente.
Dados da Visa colaboram com essa visão. No fim de semana da Black Friday 2024, houve um aumento de 270% nas transações suspeitas bloqueadas, com o ticket médio das fraudes sendo 60% superior ao das vendas legítimas.
Black Friday: Golpes utilizam IA
A inteligência artificial tornou as tentativas de golpe mais difíceis de identificar. Pesquisa do Reclame Aqui, feita em agosto de 2025, aponta que 63% dos consumidores não conseguem reconhecer fraudes produzidas com IA durante a Black Friday.
Gilberto Reis, COO da Runtalent, explica os criminosos passaram a usar automação em larga escala. “Hoje, os chatbots falsos e os anúncios fraudulentos em redes sociais estão entre as principais estratégias. O usuário precisa redobrar a atenção, especialmente diante de ofertas muito abaixo do preço de mercado”.
- A informação que os grandes investidores usam – no seu WhatsApp! Entre agora e receba análises, notícias e recomendações.
Os principais sinais de alerta incluem:
- URLs falsas ou semelhantes às de grandes varejistas;
- ausência de HTTPS e do cadeado de segurança;
- pedidos de dados pessoais fora do ambiente oficial;
- chatbots falsos que simulam atendimento real;
- vendedores com avaliações duplicadas ou perfis recém-criados.
