A Sabesp (SBSP3) foi obrigada a instalar equipamento que elimina ar das tubulações em mais uma cidade do estado de São Paulo: São Bernardo do Campo. Com a sanção da lei municipal 7.502/2025, os moradores podem exigir o aparelho — quando comprovada a passagem de ar.
Osasco e Taboão da Serra já possuem leis que obrigam a instalação de válvulas eliminadoras de ar. Na segunda, além de instalar, a Sabesp é obrigada a fornecer o aparelho gratuitamente. Em Jaú, a Resolução nº 33/2022 da própria agência reguladora SAEMJA definiu regras técnicas para instalação.
Projeções apontam que a medida pode reduzir em até 30% o valor das contas de água, ao corrigir distorções na medição. O equipamento evita que bolsões de ar presentes na rede sejam registrados pelo hidrômetro, especialmente após manutenções e interrupções.
Segundo Lucas Souza, CEO da We Save, o avanço dessas leis obriga as concessionárias a aperfeiçoarem seus sistemas de medição, pressão e automação para evitar riscos financeiros e regulatórios. Como resultado, essa modernização reduz desperdícios e evita cobranças indevidas.
Soluções como esta em empresas de setores como indústria, varejo, infraestrutura e saúde comprovaram uma economia de R$ 100 milhões, segundo a consultoria especializada em eficiência hídrica e energética.
Além disso, a medida reacende um debate nacional sobre transparência e eficiência. Em Brasília, o Projeto de Lei (PL) nº 619/2019, que autoriza consumidores de todo o país a instalarem dispositivos eliminadores de ar, segue aguardando parecer do(a) relator(a) na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC).
Sabesp na mira de outras cidades
Outras cidades paulistas também avançam com projetos semelhantes. Em Piracicaba, o PL nº 345/2025 obteve aprovação pela Comissão de Legislação. Já em Ibiúna, a Câmara aprovou o PL 160/2025, que agora aguarda sanção do Executivo.
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Por outro lado, em Presidente Prudente, uma lei semelhante foi declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça, por vício de iniciativa.
“Essa discussão mostra o quanto o saneamento precisa evoluir em transparência, automação e controle técnico. As concessionárias e empresas que se anteciparem estarão mais preparadas para atender às novas exigências regulatórias e evitar passivos financeiros e reputacionais”, afirma Souza.









