Dez bancos multilaterais de desenvolvimento anunciaram um compromisso conjunto para ampliar o financiamento de projetos voltados à adaptação e mitigação das mudanças no clima em países de baixa e média renda para US$ 185 bilhões até 2030.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (10), durante o primeiro dia da COP30, realizada em Belém (PA), segundo informações da Folha de S.Paulo.
Segundo Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o grupo pretende utilizar US$ 120 bilhões desse total oriundos de recursos próprios das instituições e US$ 65 bilhões serão mobilizados junto ao setor privado.
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Financiamento para adaptação do clima ganha destaque na COP30
O novo compromisso reforça o esforço internacional para aumentar os investimentos em adaptação climática — área que busca reduzir os impactos de eventos extremos, como secas, incêndios, inundações e elevação do nível do mar.
Goldfajn destacou que os desastres climáticos custaram ao mundo mais de US$ 320 bilhões apenas no ano passado, com os países em desenvolvimento arcando com a maior parte das perdas. “O desafio é tornar esses países mais resilientes e capazes de responder aos efeitos do aquecimento global”, afirmou.
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Meta supera volume recorde de 2024
Em 2024, os bancos multilaterais de desenvolvimento concederam e mobilizaram um recorde de US$ 118 bilhões para ações climáticas em economias emergentes. A meta anunciada agora representa um aumento significativo, com foco em melhorar o perfil de risco dos projetos e atrair capital privado.
O compromisso para investir no clima foi assinado pelas seguintes instituições:
- BID
- Grupo Banco Africano de Desenvolvimento
- Banco Asiático de Desenvolvimento
- Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura
- Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa
- Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento
- Banco Europeu de Investimento
- Banco Islâmico de Desenvolvimento
- Novo Banco de Desenvolvimento (NDB)
- Grupo Banco Mundial.
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Novo marco para o financiamento da natureza
Durante a COP30, os bancos também anunciaram um novo marco para o financiamento da natureza, que tem como objetivo desenvolver produtos financeiros de alta qualidade vinculados à preservação ambiental e ampliar a participação do capital privado no financiamento climático global.
O grupo afirmou que pretende harmonizar suas estratégias de atuação, aperfeiçoar a medição de resultados e reduzir o risco percebido pelos investidores, criando um ambiente mais favorável para o fluxo de recursos em projetos sustentáveis.
