A Auren Energia (AURE3) registrou prejuízo líquido de R$ 403,7 milhões no terceiro trimestre de 2025, revertendo o lucro de R$ 197,2 milhões apurado no mesmo período do ano anterior, segundo balanço trimestral divulgado nesta quarta-feira (12).
Segundo a companhia, o resultado negativo foi influenciado por fatores conjunturais do setor elétrico, especialmente o curtailment — cortes de geração por restrições do sistema elétrico — e o risco hidrológico (GSF), que afetaram a geração efetiva e reduziram as margens.
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Os cortes de geração atingiram 20,7% na fonte eólica e 33,1% na solar fotovoltaica, o dobro do registrado um ano antes. O impacto líquido desses eventos foi de R$ 130 milhões.
De acordo com o diretor-presidente, Fabio Zanfelice, sem os cortes, a geração da Auren teria alcançado 98,3% do valor esperado (percentil 50).
O GSF médio, indicador que mede a diferença entre a energia contratada e a efetivamente gerada por usinas hidrelétricas, ficou em 65%, ante 79% no mesmo trimestre de 2024. O nível mais baixo reduziu a receita das hidrelétricas, embora a empresa tenha obtido ganho de R$ 66 milhões com seu portfólio diversificado.
Outro fator que influenciou o desempenho foi o menor consumo de energia, em razão de temperaturas mais amenas no período.
Receita cresce, mas custos e dívida aumentam
O Ebitda ajustado (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 772,7 milhões, queda de 10,4% em relação ao terceiro trimestre de 2024, refletindo maiores custos operacionais. A receita líquida somou R$ 3,537 bilhões, alta de 12,8% na comparação anual.
A dívida líquida encerrou o trimestre em R$ 19 bilhões, avanço de 48,6% frente ao mesmo período do ano anterior. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, subiu de 3,7 vezes para 4,9 vezes.
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Auren quer reduzir endividamento até 2028
O vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores, Mateus Ferreira, afirmou que a tendência é reduzir a alavancagem gradualmente nos próximos anos.
A meta é chegar ao patamar de 3 a 3,5 vezes dívida líquida/Ebitda entre 2027 e 2028, sustentada por maior geração de caixa e crescimento do Ebitda.









