O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta segunda-feira (17) em queda de 0,47%, aos 156.992 pontos, após oscilar perto da estabilidade durante boa parte do pregão. O volume financeiro foi de R$ 26,6 bilhões.
A queda refletiu a postura cautelosa dos investidores diante da divulgação de dados atrasados por conta do shutdown nos EUA. Os dados referentes ao mercado de trabalho serão publicados na quinta-feira (17), dia em que a B3 estará fechada devido ao feriado da Consciência Negra.
A expectativa crescente de que o Federal Reserve (Fed) pode adiar cortes de juros também afetou o humor global. Analistas destacam que declarações recentes de dirigentes foram interpretadas como mais rígidas (“hawkish”).
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No Brasil, o IBC-Br — indicador que antecipa o PIB — mostrou queda de 0,24% em setembro, reforçando sinais de atividade mais fraca. Segundo analistas, o resultado aumentou a especulação de que o Banco Central pode iniciar cortes na Selic somente em 2026.
Já o Boletim Focus trouxe revisão para baixo da projeção do IPCA de 2025, passando de 4,55% para 4,46%, ficando pela primeira vez abaixo do teto da meta.
Destaques do Ibovespa
O setor financeiro contribuiu para o movimento negativo. As ações do Itaú (ITUB4) caíram 0,64% e as do Bradesco (BBDC4) recuaram 1,18%. O Banco do Brasil (BBAS3) foi a exceção, avançando 0,36% perto do fechamento.
A Vale (VALE3) recuou 0,46%, enquanto Petrobras registrou alta de 0,26% (PETR3) e 0,55% (PETR4). A petroleira comunicou a descoberta de petróleo no pós-sal da Bacia de Campos. O anúncio ajudou a sustentar o desempenho dos papéis mesmo em um dia de leve queda nos preços do petróleo.
O mercado ainda repercute resultados recentes das duas companhias, que vieram acima do esperado em indicadores operacionais e de geração de caixa, segundo analistas.
Entre as maiores altas do dia ficaram MBRF (+4,92%), CVC (+3,31%) e Assaí (+2,63%). Já Rumo (-9,08%), Vamos (-6,67%) e Magazine Luiza (-4,8%) lideraram as quedas.
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