O número de golpes com sites falsos na internet que imitam grandes varejistas mais que triplicaram (250%) em setembro e outubro, meses que antecedem a Black Friday, segundo dados divulgados pela Nord VPN.
A Amazon (AMZN) e o eBay (EBAY) foram os principais alvos dos golpistas. O número de páginas que simulam a Amazon cresceu 232%, enquanto as que se passam pelo eBay aumentaram 525% no período.
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Além dos sites falsos, autoridades e entidades financeiras registram aumento no golpe da “falsa venda”, onde os criminosos anunciam um produto, recebem o pagamento e desaparecem. O movimento foi observado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que afirma ter recebido muitos relatos desse tipo de fraude em perfis que simulam lojas no Instagram e outras redes sociais.
As chamadas fake stores evoluíram em estrutura e operação, de acordo com a plataforma de VPN. Os criminosos passaram a comprar domínios novos e oferecer preços atipicamente baixos, além de enviar e-mails e SMS para atrair vítimas.
Brasil é um dos principais alvos na Black Friday
No Teste Nacional de Privacidade 2025, o Brasil alcançou 54 pontos, abaixo da média global de 57. Outro ponto abordado pelo estudo foi a queda na capacidade de identificar golpes digitais, que recuou 7 pontos percentuais (p.p.) de 2024 para 2025, chegando a 27%.
Na prática, o consumidor brasileiro vive uma contradição. Enquanto apesar de 69% se declarar bem informado sobre ataques digitais, mais de 70% já foram expostos a incidentes deste tipo.
Madu Melo, Country Manager da NordVPN no Brasil, explica que a combinação de aumento de sites fraudulentos e baixa capacidade de identificação de golpes cria ambiente de risco elevado no Brasil.
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“Eventos de compras como a Black Friday são um prato cheio para cibercriminosos. Ofertas relâmpago provocam pressa, e a pressa reduz a cautela. Mesmo na empolgação por um bom negócio, o comportamento de segurança não pode entrar em crise” afirma Marijus Briedis, CTO da companhia.
Para evitar golpes, os especialistas recomendam atenção redobrada aos seguintes sinais:
- Verificar o endereço do site e desconfiar de erros de digitação;
- Evitar preços muito abaixo do mercado;
- Checar se o e-commerce apresenta informações de contato, como CNPJ, endereço e canais oficiais;
- Usar camadas extras de segurança, como filtros que bloqueiam páginas maliciosas;
- Preferir pagamentos com cartão ou plataformas com garantia;
- Evitar links recebidos por mensagens e redes sociais;
- Confirmar se o site utiliza protocolo seguro “https://” e cadeado na barra de navegação;
- Desconfiar de pedidos de informações sensíveis, como senhas e dados bancários completos.









